quinta-feira, janeiro 01, 2009

2009


001. (04 jan) /Gilmore Girls, 4.13: Nag Hammadi Is Where They Found the Gnostic Gospels/ (Amy Sherman-Palladino, 2004) ***1/2

002. (04 jan) /Gilmore Girls, 4.14: The Incredible Shrinking Lorelais/ (Amy Sherman-Palladino e Daniel Palladino, 2004) **** [antes: ****1/2]
O porquê de ter revisto esses dois episódios (e, assim, não ter recomeçado a partir do início da quarta temporada) me escapa. Suspeito que minha vontade era assistir ao episódio badalado do balaio (este último), e acabei revendo o anterior logo antes porque mal me lembrava do que se tratava (procurando pelo título aqui no blogue, e encontrando apenas uma ocorrência em 17 de janeiro de 2005, compreendi imediatamente o lapso). De todo modo, é interessante como a revisão do episódio 2.10: Bracebridge Dinner, no finzinho do ano passado, acabou por iniciar e fechar o círculo da estranhamente arredia afeição que tenho por Jess e Rory, mais especificamente pelo Jess e pela Rory do passeio de carruagem. A fragilidade de Jess, em Nag Hammadi, é de ordem diferente da vista nessa cena específica de Bracebridge. Neste último, Rory confronta Jess a respeito de uma briga que ele tivera com Dean. Este havia tomado parte na briga de Jess com um colega de escola. Quando Rory descobre quem é este colega, concorda com Jess quanto à idiotia do rapaz. Este movimento, leve assentir, ínfimo consenso, é suficiente para que os dois entrem em outro mérito: a recusa da mãe de Jess (apresentada pela primeira vez em Nag Hammadi, aliás) de recebê-lo nas férias. Jess guarda um charme que para mim é especialmente circunscrito ao que Rory é capaz de fazer por ele. Matar aula, viajar para Nova York, perder a formatura da mãe, tudo isso apenas no penúltimo episódio da segunda temporada, e, no entanto, excetuando esse tipo de prognóstico confirmado, Gilmore Girls se centra não exatamente na certitude do mau presságio e agouro que marcam a farra de boas meninas com bad boys, mas nos mais mágicos e descaradamente sutis aspectos do que significa encontrar alguém compatível, não uma pessoa com a qual se possa conversar sobre tudo, mas sim sobre poucos assuntos, mas com a urgência dos que têm muito a dizer sobre eles. Assim, a pergunta impetuosa de Jess em Bracebridge, "What do you guys [Rory e Dean] talk about?", é recebida pela menina como uma infaustuosa predileção pelo confronto por parte dele. Como ele ousa dizer algo como "He just doesn't seem like your kind of guy"? A impetuosidade de Jess é emocionante, talvez por ser absolutamente contrário à discricionariedade que só o bom discernimento e os bons costumes podem acarretar. Seus acintes à vida comunitária em Stars Hollow e suas tentativas de evidenciar quão falho é o relacionamento de Rory e Dean geralmente redundam em tiros n'água. Mas eis que fazer esse tipo de coisa sem levantar/atacar o nome da outra parte acaba se pagando. A tarde de gentileza da louca obra-prima que é o episódio 2.13: A-Tisket, A-Tasket ganha em contrapartida uma ligação à noitinha de Rory para Jess (e nela, uma das cenas mais emocionates da série, os dois voltam a se amarrar com a promessa de feedback dele para um livro que ela adora), e ainda as cartas não-remetidas dela para ele em 3.1: Those Hazy-Lazy-Crazy Days. Não é assim que Jess é retratado em Nag Hammadi, o tal rapaz que recebe ligações furtivas e não recebe cartas por puro medo da outra parte. Suas pontas soltas pelo episódio até fazem algum sentido narrativo para estabelecer que ele é onipresente no território de Rory. Os dois se esbarram no Weston's e na livraria da cidade, ele foge antes do menor sinal de "oi". É embaraçoso, the man who walked away continua escapando sem falar nada. O confronto final carrega no constrangimento um tanto além do necessário à cena (talvez porque Alexis Bledel não consiga correr em zigue-zague e falar pelos cotovelos ao mesmo tempo). Jess revela que ama Rory, e vai embora. Existe mesmo alguma novidade nisso? Antes, Jess vê uma menina de costas com o cabelo na altura do de Rory. Ele é avisado que aquela "não é ela", que ela "cortou o cabelo". Felizmente Gilmore finca o óbvio de modo sublime. E também inenarrável. O que é possível narrar, no entanto, é o confronto de Jess com Luke, o primeiro declarando que o tio tenta remediar tudo e todos, e que muitas vezes essas coisas remediadas estão. Remediar, como consertar, também abarca a janela quebrada de Lorelai, a qual Luke ajeita, bêbado e chateado pela discussão. É possível que não fechemos o círculo sobremaneira? A obsessão por fazer com que tudo entre nos eixos pode ser realmente encapsulada no conserto de uma janela quebrada? Ou ainda, neste mesmo episódio, em que ajuda a insistência em apresentar a mãe de Jess junto com o namorado, o que evidentemente acende em Luke a luzinha da Família em Perigo? Com Luke preso nessas armadilhas, Jess, sem saber, parece ter lá suas razões. (E T.J., menos cretino aqui do que em suas próximas aparições, não perde a oportunidade de chamar Luke de "dick", quando este diz aprovar seu relacionamento com sua irmã.) Mas nós queremos que Jess tenha alguma razão? Eu não quero. É por isso que seu combalido retorno, eclipsado pelo
rocambolesco evento beneficente a que o título idem se refere e pela apresentação de dois novos personagens, ganha em impacto: nas narrativas imperfeitas de Nag Hammadi, o amour fou da cena final chafurda na falta de rigor reinante. Já o episódio seguinte, The Incredible Shrinking Lorelais, parceria emocionante do casal Palladino, revelou-se menos assim nesta última revisão. Dos itens mais antipáticos: Jess out of sight é também Jess out of mind - e eu francamente desgosto desse descolamento radical. A questão Jess é inteiramente substituída pelos problemas financeiros na pousada de Lorelai, que só agora se anunciam. Rory, por sua vez, se vê às voltas com uma nota baixa e com suas colegas de quarto em Yale. Parte de mim, bitolado que sou, acha o máximo Rory levar um D e chorar por isso, sendo que a outra parte não se comove com esse apego mundano. (A bem da verdade, Rory chora mais pela sugestão do professor de que ela deveria trancar a disciplina que ele ministra, já que supostamente não estaria confortável com a carga horária que havia pegado.) Uma não consegue falar diretamente com a outra por um período de um ou dois dias. Isso é tão ruim? Lane é expulsa de Yale, mas eu sinto que a linda cena em que as duas relembram ter um dia sonhado em morar numa casa de queijo está ali só para que Rory, ao fim e ao cabo, chore não apenas pela nota baixa, pela ausência da mãe, mas por finalmente entender a superioridade momentânea de residências comestíveis em relação ao modo como a poluição na Cidade do México se relaciona com alguma teoria econômica obscura. No fundo, é puro amor. As heroínas tão incríveis desta série magnífica não precisam de motivos contornáveis como esses para chorar. (E, não, não tenho problemas com Rory roubando um barco depois de se decepcionar no estágio.)


O sucinto esquema a seguir apresenta o título do seriado em questão seguido da temporada; entre parênteses, o criador e o ano em que foi televisionado; entre colchetes, os melhores episódios.

Entourage 1 (Doug Ellin, 2004) ** [1.6; 1.8]
A experiência assemelhou-se a uma sacola de compras ao redor de minha cabeça por 8 sessões de 25 minutos. O
aspecto conto-de-fadas deluxe do cotidiano de um jovem superastro e de seus penduricalhos (três de seus amigos, entre eles) só encontra rival nos catálogos da Victoria's Secret. Nada de errado em ver gente rica fazendo coisas ricas, longe disso. Levo a tribunal apenas o tom impostado, a sucessão deliberadamente imposta de cenas-apetrechos e de arcos narrativos-bolhas de plástico para a classe AAA, tão estrangeira ao espectador-médio. Um novo cão, um novo carro, uma nova festa de arromba, um novo fornecedor de drogas. É muito papel para presente, mas pelo visto não o bastante para embrulhar bagagens emocionais, elegias aos velhos cães de estimação, aos calhambeques, às festas de família, à urina limpa. Não que as personagens de Entourage devessem se prender ao passado, mas que tal uma ligação para a mãe, ou ainda algum tipo de evidência fincada em experiências passadas que sinalizasse a inseparabilidade do quarteto, algo mais forte do que a banalidade eles-estudaram-juntos do episódio piloto, que arranja uma reunião impromptu para turma de colégio dez anos depois. Assim sendo, o episódio #6 se apruma como pode, agora com Jeremy Piven, o agente e ladrão de cenas, suando a camisa para reconquistar seu maior cliente, e Eric, agora engatinhando na arte de agenciar seu melhor amigo (e maior cliente). Os dilemas amorosos de Eric, levados com uma seriedade deslocada (e olha que esse é o tipo de tratamento que aprecio, sendo também a razão do dantesco comentário acima para Gilmore Girls), soam pueris, e o descompromisso cretino dos outros três, imaturo. A única bênção é mesmo um Jeremy Piven que une o pueril ao imaturo num roldão politicamente incorreto, aparando suas arestas com acidez e minhas restrições formais com humor impagável.
The Office 3 (Greg Daniels, 2006/07) ***1/2 [3.20; 3.22; 3.24]

The Office 4 (Greg Daniels, 2007/08) ****1/2 [todos, sério]E também:
os seis primeiros episódios de Alias 1 (***1/2), revisão dos quatro inaugurais de Dawson's Creek (entre ** e ***) e os seis primeiros episódios de Cheers 2 (entre *** e ***1/2).



065. (08 fev) Mad Men, 2.1: For Those Who Think Young (Matthew Weiner, 2008) ***

066. (14 fev) Mad Men, 2.2: Flight 1 (Lisa Albert e Matthew Weiner, 2008) ***

067. (18 fev) Cheers, 2.7: Old Flames (David Angell, 1983) ***1/2

068. (18 fev) Cheers, 2.8: Manager Coach (Earl Pomerantz, 1983) ***

069. (19 fev) Cheers, 2.9: They Called Me Mayday (David Angell, 1983) ***1/2

070. (19 fev) Cheers, 2.10: How Do I Love Thee, Let Me Call You Back (Earl Pomerantz, 1983) ****

071. (19 fev) Cheers, 2.11: Just Three Friends (David Lloyd, 1983) ****
A extraordinária cena do jantar, um flerte descarado seguido de outro, é Dama e o Vagabundo on the rocks. Cheers sempre acerta quando leva as questões pessoais de Sam e Diane do escritório dele para o apartamento dela, que já provou ser um cenário de fantásticas possibilidades no episódio de abertura da temporada (bichinhos de pelúcia) e no imediatamente anterior a este (velas).

072. (19 fev) Cheers, 2.12: Where There's a Will (Nick Arnold, 1983) *1/2
Cheers é tão consistente que me sinto obrigado a justificar a estrela e meia. Das coisas que mais me agradam na série, a sucessão de eventos que se empilham em nada contribuindo para o andamento da ação leva o prêmio. Sam faz truques com fogo, ali plantados unicamente para justificar a habilidade com que ele se esquiva dos gananciosos frequentadores do bar. A história acre e equivocada tira todos de suas personas: um velhote foi desenganado pelos médicos, tem seis meses de vida e Sam permite que ele recorde seus tempos de barman em seu próprio bar; ele é rico e deixa 100 mil para o estabelecimento. O dinheiro é de quem? De quem deu mais atenção para ele? De quem dá mais atenção ao bar? Os clientes costumeiros deveriam receber parcela maior do que os que apenas calhavam de ali estar? O problema é que os clientes costumeiros (e os empregados habituais) são os afetuosos personagens centrais, que nunca antes foram atrelados a mesquinharias dessa sorte. Faz todo sentido que Sam queime o documento que comprova a doação, jogando um banho d'água fria nos gananciosos de ânimos exaltados. Não faz sentido que logo depois ele revele ter queimado um papel qualquer, confessando apenas a Diane que está de posse do documento original. Diane, como sempre, diz que aquilo é errado, que o dinheiro foi deixado para todos - e ela mesma se pega vislumbrando gastá-lo em caridade... e também num vestido caro. Agora ajuizada, pede para que Sam queime o papel, e ele o faz. Diane sai satisfeita e volta segundos depois vestida no salto alto da consciência moral, dizendo a ele que realmente espera que o papel queimado tenha sido o correto. Ela fecha a porta, ele diz "she's good" e queima outro papel, um que supomos ser o dito. Decepcionante como o "she's good" de Sam, costumeiramente atrelado a questões mais amenas e apropriadas à série (como ele arrancar páginas de sua Agenda de Mulheres a pedido de Diane), é agora alocado a esta súbita tomada de consciência.

073. (21 fev) Mad Men, 2.3: The Benefactor (Matthew Weiner e Rick Cleveland, 2008) ***1/2

074. (21 fev) Cheers, 2.13: Battle of the Exes (Sam Simon e Ken Estin, 1984) ***1/2

075. (fev) Cheers, 2.14: No Help Wanted (Max Tash, 1984) ***

076. (fev) Cheers, 2.15: And Coachie Makes Three (Heide Perlman, 1984) ****

077. (fev) Cheers, 2.16: Cliff's Rocky Moment (David Lloyd, 1984) ***1/2

078. (fev) Cheers, 2.17: Fortune and Men's Weight (Heide Perlman, 1984) ***1/2

079. (fev) Cheers, 2.18: Snow Job (David Angell, 1984) ****

080. (fev) Cheers, 2.19: Coach Buries a Grudge (David Lloyd, 1984) ***1/2

081. (fev) Cheers, 2.20: Norman's Conquest (Lissa Levin, 1984) ****1/2

082. (fev) Cheers, 2.21: I'll Be Seeing You (1) (Les Charles e Glen Charles, 1984) ***1/2

083. (fev) Cheers, 2.22: I'll Be Seeing You (2) (Les Charles e Glen Charles, 1984) **** [Cheers 2 ****]

084. (fev) Cheers, 3.1: Rebound (1) (Les Charles e Glen Charles, 1984) ***1/2

085. (fev) Cheers, 3.2: Rebound (2) (Les Charles e Glen Charles, 1984) ****

086. (fev) Cheers, 3.3: I Call Your Name (David Lee, Peter Casey, 1984) ****

087. (01 mar) Mad Men, 2.4: Three Sundays (Andre Jacquemetton, Maria Jacquemetton, 2008) ***1/2

088. (mar) Cheers, 3.4: Fairy Tales Can Come True (Sam Simon, 1984) ****

089. (mar) Cheers, 3.5: Sam Turns the Other Cheek (David Lloyd, 1984) ***

090. (mar) Cheers, 3.6: Coach in Love (1) (David Angell, 1984) ***1/2

091. (mar) Cheers, 3.7: Coach in Love (2) (David Angell, 1984) ****

092. (mar) Cheers, 3.8: Diane Meets Mom (David Lloyd, 1984) ***1/2

093. (mar) Cheers, 3.9: An American Family (Heide Perlman, 1984) ***

094. (mar) Cheers, 3.10: Diane's Allergy (David Lloyd, 1984) ****

095. (mar) Cheers, 3.11: Peterson Crusoe (David Angell, 1984) ***

096. (mar) Cheers, 3.12: A Ditch in Time (Ken Estin, 1984) ***1/2

097. (mar) Cheers, 3.13: Whodunit? (Tom Reeder, 1985) ***1/2

098. (mar) Cheers, 3.14: The Heart is a Lonely Snipe Hunter (Heide Perlman, 1985) ***1/2

099. (04 mar) /Curb Your Enthusiasm, 6.8: The N Word/ (Larry David, 2008) ****

100. (06 mar) Fawlty Towers, 1.1: A Touch of Class (John Cleese, Connie Booth, 1975) ***

101. (06 mar) Fawlty Towers, 1.2: The Builders (John Cleese, Connie Booth, 1975) ***

102. (06 mar) Fawlty Towers, 1.3: The Wedding Party (John Cleese, Connie Booth, 1975) ***1/2

103. (06 mar) Fawlty Towers, 1.4: The Hotel Inspectors (John Cleese, Connie Booth, 1975) ***1/2

104. (08 mar) Mad Men, 2.5: The New Girl (Robin Veith, 2008) ***

105. (mar) Cheers, 3.15: King of the Hill (Elliot Shoenman, 1985) ***

106. (mar) Cheers, 3.16: Teacher's Pet (Tom Reeder, 1985) ***1/2

107. (mar) Cheers, 3.17: The Mail Goes to Jail (David Lloyd, 1985) ***1/2

108. (mar) Cheers, 3.18: Bar Bet (Jim Parker, 1985) ***1/2

109. (mar) Cheers, 3.19: Behind Every Great Man (David Isaacs, Ken Levine, 1985) ****

110. (mar) Cheers, 3.20: If Ever I Would Leave You (David Isaacs, Ken Levine, 1985) ***1/2

111. (mar) Cheers, 3.21: The Executive's Executioner (Heide Perlman, 1985) ****

112. (mar) Cheers, 3.22: Cheerio, Cheers (Sam Simon, 1985) ****

113. (mar) Cheers, 3.23: The Bartender's Tale (Sam Simon, 1985) ***1/2

114. (14 mar) Cheers, 3.24: The Belles of St. Clete's (Ken Estin, 1985) ***

115. (14 mar) Cheers, 3.25: Rescue Me (Ken Estin, 1985) **** [Cheers 3 ****]

116. (15 mar) /Gilmore Girls, 1.5: Cinnamon's Wake/ (Daniel Palladino, 2000) **********
Este é o último episódio de Gilmore Girls que ganhará cotação. Pedir para cotar Gilmore é como pedir para sair distribuindo notas para as pessoas que amo. Ademais, vou rever até morrer, então evitemos o desgaste das estrelas.
 

117. (15 mar) Cheers, 4.1: Birth, Death, Love and Rice (Heide Perlman, 1985) ****

118. (15 mar) Cheers, 4.2: Woody Goes Belly Up (Heide Perlman, 1985) ***1/2


119. (15 mar) Mad Men, 2.6: Maidenform (Matthew Weiner, 2008) ***

120. (20 mar) Cheers, 4.3: Someday My Prince Will Come (Norm Gunzenhauser, Tom Seeley, 1985) ***1/2

121. (22 mar) Mad Men, 2.7: The Gold Violin (Jane Anderson, Marie Jacquemetton, Andre Jacquemetton, 2008) ***1/2

122. (26 mar) Damages, 1.1: Pilot (Todd A. Kessler, Glenn Kessler e Daniel Zelman, 2007) **

123. (28 mar) Mad Men, 2.8: A Night to Remember (Robin Veith, Matthew Weiner, 2008) ***1/2

124. (31 mar) /Weeds, 1.1: You Can't Miss the Bear/ (Jenji Kohan, 2005) **

125. (01 abr) /Weeds, 1.2: Free Goat/ (Jenji Kohan, 2005) **1/2

126. (01 abr) /Weeds, 1.3: Good Shit Lollipop/ (Roberto Benabib, 2005) **1/2

127. (01 abr) The Wire, 5.1: More With Less (David Simon e Ed Burns, 2008) ****

128. (04 abr) /Arrested Development, 1.1: Pilot/ (Mitchel Hurwitz, 2003) ***

129. (04 abr) Mad Men, 2.9: Six Month Leave (André Jacquemetton, Maria Jacquemetton e Matthew Weiner, 2008) ***1/2

130. (05 abr) NewsRadio, 1.1: Pilot (Paul Simms, 1995) ****

131. (05 abr) NewsRadio, 1.2: Innappropriate (Paul Simms, 1995) ****

132. (06 abr) NewsRadio, 1.3: Smoking (Josh Lieb, Brad Isaacs e Paul Simms, 1995) ***1/2

133. (06 abr) NewsRadio, 1.4: The Crisis (Josh Lieb, 1995) ***

134. (06 abr) NewsRadio, 1.5: Big Day (Joe Furey, Brad Isaacs, Josh Lieb e Paul Simms, 1995) ****

135. (06 abr) NewsRadio, 1.6: Luncheon at the Waldorf (Brad Isaacs, 1995) ***1/2

136. (06 abr) NewsRadio, 1.7: Sweeps Week (Joe Furey e Paul Simms, 1995) **** [NewsRadio 1 ****]

137. (07 abr) NewsRadio, 2.1: No, This is Not Based Entirely on Julie's Life (Paul Simms, 1995) ***1/2

138. (07 abr) NewsRadio, 2.2: Goofy Ball (Paul Simms, 1995) ***1/2

139. (08 abr) NewsRadio, 2.3: Rat Funeral (Paul Simms e Lewis Morton, 1995) ***1/2

140. (08 abr) NewsRadio, 2.4: The Breakup (Paul Simms, 1995) ****

141. (08 abr) NewsRadio, 2.5: The Shrink (Andrew Gordon e Eileen Conn, 1995) ***1/2

142. (08 abr) NewsRadio, 2.6: Friends (Brian Kelley e Josh Lieb, 1995) ***1/2

143. (08 abr) NewsRadio, 2.7: Bill's Autobiography (Joe Furey, 1995) ***1/2

144. (09 abr) NewsRadio, 2.8: Negotiation (Dawn DeKeyser, 1995) ***1/2

145. (09 abr) NewsRadio, 2.9: The Cane (Brad Isaacs, 1995) ***1/2

146. (09 abr) /Arrested Development, 1.2: Top Banana/ (Mitchell Hurwitz e John Levenstein, 2003) ****

147. (09 abr) /Arrested Development, 1.3: Bringing Up Buster/ (Mitchell Hurwitz e Richard Rosenstock, 2003) ****

148. (09 abr) /Arrested Development, 1.4: Key Decisions/ (Brad Copeland, 2003) ***1/2

149. (09 abr) Arrested Development, 1.5:
Charity Drive (Barbie Feldman Adler, 2003) ***1/2

150. (10 abr) Arrested Development, 1.6:
Visiting Ours (Richard Rosenstock e John Levenstein, 2003) ***1/2

151. (10 abr) Arrested Development, 1.7: In God We Trust (Abraham Higginbotham, 2003) ***1/2

152. (10 abr) NewsRadio, 2.10: Xmas Story (Lewis Morton, 1995) ***1/2

153. (10 abr) NewsRadio, 2.11: Station Sale (Leslie Caveny, Brian Kelley e Lewis Morton, 1996) ***1/2

154. (10 abr) Arrested Development, 1.8: My Mother, the Car (Chuck Martin, 2003) ***1/2

155. (10 abr) Arrested Development, 1.9: Storming the Castle (Brad Copeland, 2004) ***1/2

156. (11 abr) Arrested Development, 1.10: Pier Pressure (Jim Vallely e Mitchell Hurwitz, 2004) ****

157. (11 abr) Arrested Development, 1.11: Public Relations (Courtney Lilly, 2004) ****

158. (11 abr) Arrested Development, 1.12: Marta Complex (John Levenstein e Jim Vallely, 2004) ****

159. (11 abr) Arrested Development, 1.13: Beef Consommé (Richard Rosenstock e Chuck Martin, 2004) ****

160. (11 abr) Arrested Development, 1.14: Shock and Aww (Jim Vallely e Chuck Martin, 2004) ****

161. (11 abr) Arrested Development, 1.15: Staff Infection (Brad Copeland, 2004) ***

162. (11 abr) Mad Men, 2.10: The Inheritance (Lisa Albert, Marti Noxon e Matthew Weiner, 2008) ***1/2

163. (11 abr) Arrested Development, 1.16: Altar Egos (Barbie Feldman Adler, 2004) ***1/2

164. (11 abr) Arrested Development, 1.17: Justice is Blind (Abraham Higginbottam, 2004) ***1/2

165. (11 abr) Arrested Development, 1.18: Missing Kitty (John Levenstein e Mitchell Hurwitz, 2004) ***1/2

166. (12 abr) Parks and Recreation, 1.1: Pilot (Greg Daniels e Michael Schur, 2009) **1/2

167. (12 abr) The Wire, 5.2: Unconfirmed Reports (William F. Zorzi e David Simon, 2008) ****

168. (15 abr) Arrested Development, 1.19: Best Man for the Gob (Mitchell Hurwitz e Richard Rosenstock, 2004) ***

169. (15 abr) Arrested Development, 1.20: Whistler's Mother (Jim Vallely e John Levenstein, 2004) ***1/2

170. (15 abr) Arrested Development, 1.21: Not Without My Daughter (Mitchell Hurwitz e Richard Rosenstock, 2004) ****

171. (15 abr) Arrested Development, 1.22: Let 'Em Eat Cake (Mitchell Hurwitz e Jim Vallely, 2004) **** [Arrested Development 1 ****1/2]

172. (16 abr) Arrested Development, 2.1: The One Where Michael Leaves (Mitchell Hurwitz e Richard Rosenstock, 2004) ***1/2

173. (16 abr) Arrested Development, 2.2: The One Where They Build a House (Jim Vallely e Mitchell Hurwitz, 2004) ***1/2

174. (17 abr) Tudo novo de novo: 1.1: Clara, Miguel e mais uma reconstrução (2009) *

175. (18 abr) Arrested Development, 2.3: Amigos (Brad Copeland, 2004) ****

176. (18 abr) Arrested Development, 2.4: Good Grief! (John Levenstein, 2004) ****1/2

177. (18 abr) Arrested Development, 2.5: Sad Sack (Barbie Feldman Adler, 2004) ****

178. (18 abr) Mad Men, 2.11: Jet Set (Matthew Weiner, 2008) ****


179. (18 abr) Arrested Development, 2.6: Afternoon Delight (Abraham Higginbotham e Chuck Martin, 2004) ****

180. (18 abr) Undeclared, 1.1: Prototype (Judd Apatow, 2001) **1/2

181. (18 abr) Arrested Development, 2.7: Switch Hitter (Barbie Feldman Adler, 2005) ***

182. (18 abr) Arrested Development, 2.8: Queen For a Day (Brad Copeland, 2005) ***1/2

183. (18 abr) Arrested Development, 2.9: Burning Love (Chuck Martin e Lisa Parsons, 2005) ***1/2

184. (18 abr) Arrested Development, 2.10: Ready, Aim, Marry Me! (Lisa Parsons e Chuck Martin, 2005) ****

185. (19 abr) Arrested Development, 2.11: Out on a Limb (Jim Vallely e Chuck Martin, 2005) ***1/2

186. (19 abr) Arrested Development, 2.12: My Hand to God (Mitchell Hurwitz e Chuck Martin, 2005) ***1/2

187. (19 abr) Arrested Development, 2.13: Motherboy XXX (Jim Vallely e Mitchell Hurwitz, 2005) ****

188. (19 abr) Arrested Development, 2.14: The Immaculate Election (Barbie Feldman Adler e Abraham Higginbotham, 2005) ***1/2

189. (19 abr) Arrested Development, 2.15: Sword of Destiny (Brad Copeland, 2005) ***1/2

190. (19 abr) Arrested Development, 2.16: Meat the Veals (Barbie Feldman Adler, 2005) ****

191. (19 abr) Arrested Development, 2.17: Spring Breakout (Abraham Higginbotham e Barbie Feldman Adler, 2005) ***1/2

192. (19 abr) Arrested Development, 2.18: The Righteous Brothers (Mitchell Hurwitz e Jim Vallely, 2005) **** [Arrested Development 2 ****1/2]

193. (19 abr) The Wire, 5.3: Not for Atributtion (Chris Collins e David Simon, 2008) ****

194. (20 abr) Arrested Development, 3.1: The Cabin Show (Mitchell Hurwitz e Jim Vallely, 2005) ****

195. (20 abr) Arrested Development, 3.2: For British Eyes Only (Mitchell Hurwitz e Richard Day, 2005) ***1/2

196. (20 abr) Homicide: Life on the Street, 1.1: Gone for Goode (Paul Attanasio, 1993) ***1/2

197. (20 abr) Arrested Development, 3.3: Forget Me Now (Tom Saunders, 2005) ****

198. (20 abr) Arrested Development, 3.4: Notapusy (Ron Weiner, 2005) ****

199. (22 abr) The Wire, 5.4: Transitions (David Simon e Ed Burns, 2008) ****

200. (24 abr) Tudo novo de novo, 1.2: Desejos e mentiras (2009) **1/2
E não é que esse absurdo rip-off de Once and Again Extraordinaire encontrou seu próprio ritmo larápio? Estou mais surpreso do que vocês.

201. (25 abr) Arrested Development, 3.5: Mr. F (Richard Day e Jim Vallely, 2005) ****

202. (25 abr) Arrested Development, 3.6: The Ocean Walker (Jake Farrow e Sam Laybourne, 2005) ***1/2

203. (25 abr) Arrested Development, 3.7: Prison Break-In (Karey Dornetto, 2005) ***

204. (25 abr) Mad Men, 2.12: The Mountain King (Matthew Weiner e Robin Veith, 2008) ***

205. (29 abr) The Wire, 5.5: React Quotes (David Simon e David Mills, 2008) ****

206. (01 mai) Jonny Quest, 1.1: The Mystery of the Lizard Men (Joseph Barbera, William Hanna, Alex Lovy e Doug Wildey, 1964) **1/2

207. (01 mai) Tudo novo de novo, 1.3: Engarrafamentos (2009) **1/2

208. (02 mai) Mad Men, 2.13: Meditations in an Emergency (Matthew Weiner e Kater Gordon, 2008) **** [Mad Men 2 ***1/2]

209. (03 mai) Arrested Development, 3.8: Making a Stand (Mitchell Hurwitz e Chuck Tatham, 2005) ****

210. (03 mai) Arrested Development, 3.9: S.O.B.s (Jim Vallely e Richard Day, 2006) *****
Avise seus amigos.

211. (03 mai) Arrested Development, 3.10: Fakin' It (Dean Lorey e Chuck Tatham, 2006) ****

212. (03 mai) Arrested Development, 3.11: Family Ties (Ron Weiner, 2006) ***1/2

213. (03 mai) Arrested Development, 3.12: Exit Strategy (Jim Vallely e Mitchell Hurwitz, 2006) ***1/2

214. (03 mai) Arrested Development, 3.13: Development Arrested (Richard Day, Mitchell Hurwitz, Chuck Tatham e Jim Vallely, 2006) ****
[Arrested Development 3 ****1/2]

215. (05 mai) NewsRadio, 2.12: Bitch Session (Brian Kelley, 1996) ***

216. (05 mai) NewsRadio, 2.13: In Through the Out Door (Paul Simms, Leslie Caveny, Joe Furey e Alan J. Higgins, 1996) **

217. (05 mai) NewsRadio, 2.14: The Song Remains the Same (Sam Johnson e Chris Marcil, 1996) ***

218. (06 mai) The Wire, 5.6: The Dickensian Aspect (David Simon e Ed Burns, 2008) ***1/2

219. (09 abr) Entourage, 5.1: Fantasy Island (Doug Ellin, 2008) **

220. (10 mai) /Gilmore Girls, 5.14: Say Something/ (Daniel Palladino, 2005) ****1/2

221. (13 mai) NewsRadio, 2.15: Zoso (Josh Lieb e Lewis Morton, 1996) ***

222. (13 mai) The Wire, 5.7: Took (David Simon e Richard Price, 2008) ****1/2

223. (15 mai) /Gilmore Girls, 2.1: Sadie, Sadie.../ (Amy Sherman-Palladino, 2001) *****

224. (15 mai) /Gilmore Girls, 2.2: Hammers and Veils/ (Amy Sherman-Palladino, 2001) *****
Em Sadie, Sadie, Lorelai depara com diversas revistas para noivas numa banca de jornal. Uma fileira delas, vários exemplares. Se a memória não falha, esta foi a primeira e última cena ali encenada. O que isso quer dizer? Rigorosamente nada. Max, munido de mil margaridas, pediu a mão de Lorelai em casamento, e ela ainda não sabe o que dizer (sendo Gilmore, sabe o que dizer, só não sabe a resposta). Não que potencializar a iminência (e eminência) de sua resposta não justifique mais do que plenamente as tais revistas e, de quebra, também a banca. Mas o modo como o episódio abre, bicicletas circulando, pracinha central de Stars Hollow lotada, margaridas enfeitando lapelas, postes, carros, orelhas, é tão sinistramente orquestrado que a presença do novo espaço interrompe a eletrizante cadeia de familiaridade. Imagine as mil margaridas na pousada. Imagine todas elas espalhadas pela cidade no dia seguinte. Imagine como essa distribuição se deu. Imagine uma cidade que alia qualquer traço de comodidade urbana ao prosaico, à gentileza entre vizinhos, ao burburinho local, ao conforto do movimento e fluxo de pessoas mesmo aos domingos. Kirk, nesse sentido, é Stars Hollow em carne-e-osso, sempre se reiventando em um novo posto, sempre se encolhendo nas frestas das ocupações mais esquivas para deixar Stars Hollow menos permeável ao que quer que a deixe menos idílica (é ele quem entrega as margaridas para Lorelai; é ele quem organiza a festa de noivado de Hammers and Veils; sendo assim ele pode bem ter decorado a cidade com as flores). A banca de revistas é um espaço que só poderia ser comandado por Kirk, mas seu dono é outro. Mais um elemento de estranhamento. É sempre surpreendente redescobrir que Kirk não é responsável pelo funcionamento de Stars Hollow como um todo. Perceber isso deixa a cidade menos mágica, menos um recorte e colagem de seus moradores, menos um quebra-cabeças com Kirk sendo uma pecinha-curinga. Deve ser por isso que é fascinante ver como funcionam os estabelecimentos da cidade. A livraria de Andrew, por exemplo, é quase sempre vista sob a perspectiva da Rory, sendo assim algo que a define e algo que ela mesma define. O restaurante de "panquecas" do All serve de tudo, mas serve apenas como lembrete da voracidade do apetite das protagonistas, já que nunca foi visto. Weston's é o Luke's de Lorelai quando ela não tem um Luke. Outros locais são igualmente intrigantes: a farmácia (onde a namorada de Jess no princípio da terceira temporada trabalha), o cinema (uma sala de estar ampliada,
vide a cena do sonho em Say Something, em que o cinema vai à casa de Lorelai), a locadora de vídeo (mais célebre pela traquinagem de Jess do que pelos filmes que abriga), o Dosey's (que ganha destaque somente por Dean lá trabalhar). A banca de jornal sem Kirk, ou qualquer outro personagem recorrente, é, portanto, um OVNI, mas sua essência ainda é Stars Hollow pura: um lugar para ver e ser visto. A lanchonete de Luke, em Sadie, Sadie, agora tem uma porção de narizes colados às suas vidraças, olhos eletrizados em busca da reação dele frente à notícia de Lorelai. Ela não enxerga a indiscrição do bisbilhotar como afronta, mas sim o porquê de aquelas pessoas estarem ali, mal podendo acreditar na suposta cruz que Luke carrega por ela. Depois de comunicá-lo (algo que os fãs da série devem ter antecipado de forma alucinada —— eu só fui gilmoreado em 2004 —— entre o final da primeira e o início desta temporada), percebe nele um tom de desencanto não só com o casamento, mas com seu destino: perguntar a ela o lugar onde vai morar, se continuará trabalhando depois de casada etc., é uma forma de desencantar o casamento, desencantar a cidade de suas mil margaridas, e se desencantar dela, vendo-a como Sadie, Sadie, Married Lady simplesmente. Frustrada pelo não-espetáculo, Lorelai não joga pão para a multidão, mas Stars Hollow, primando pela retidão, arma o circo de sempre. O mesmo ocorre quando Lorelai decide aceitar o pedido durante um jantar na casa de seus pais (sem dúvida um ato de desafio: mudar o curso de sua vida de novo na casa dos pais, e sem comunicá-los!) e pula para cima e para baixo com Rory no meio da refeição. Richard e Emily, aturdidos, também primando pela retidão, recolhem seu circo imediatamente, ignorando ambas. Perto do fim do episódio, numa cena acachapante, Emily é informada do casamento da filha por outra pessoa —— e Hammers and Veils girará em torno do que não pode ser silenciado, do que tem de ser comunicado, do nariz que deve ser colado à vidraça. Antes disso, Sadie, Sadie acerta em dar pequenos momentos de isolamento para Lorelai: seja observando o anel na casa dos pais, seja consultando revistas para noivas, o episódio conclui com ela dizendo para si mesma "eu vou me casar". Ela diz como se Max não estivesse ali, mas ele está, e ela ainda assim tinge sua decisão (fruto de olhar seu anel, de folhear revistas, de conversar com a filha) com tintas só aplicáveis a situações incontornáveis, inegociáveis. Hammers and Veils me segura pelo braço e não me solta. A festa de noivado de Lorelai e Max na praça de Stars Hollow é, de certo modo, gêmea da cena de abertura de Sadie, Sadie. Os ritmos da cidade continuam cadenciados e seguem fiéis ao belíssimo preceito que norteia as cenas com multidões da série: encontrar pontos de concordância e gestos amainados com uma belíssima música ao fundo (no caso, "Love Is Everywhere I Go"). Rory se despede ao longe de Lane, que passará uma temporada indefinida na Coreia. Mas ela está nos braços de Dean. Kirk, com um auto-falante, busca controlar a festa pública até que Lorelai lhe toma o instrumento. Mas Miss Patty o tira para dançar. Lorelai está feliz, mas a dado momento percebe a ausência de Luke. Ela vai até sua lanchonete, o chama para a festa. Ele comparece, ela nota sua presença. Fim da cena. Mas a sequência que encerra o episódio pode bem ser a maior glória de Gilmore Girls: Lorelai se justifica perante a mãe, mas claro que por ser Lorelai, o ato de explicar o motivo pelo qual não a contou sobre seu casamento envolve um pretexto, e logo um desses tão simples, mais honesto impossível: a opinião da mãe sobre que véu ficaria melhor nela. É mérito da sensibilidade visionária de Amy Sherman-Palladino que o simples artifício ganhe o mais complicado e verossímil dos contornos com uma simples fala ("That's what I wore"). Penso sempre nesta fala específica e numa outra, que fecha o primeiro episódio da terceira temporada e que é possivelmente a prova mais eletrizante do elo de Luke e Lorelai: "Hand me my purse, will you? I'm hungry." O perigo do discurso da saudade é acabar embalando os melhores momentos de Gilmore Girls (e não precisa ser cenas, falas já se mostram suficientes) em cápsulas que só eu entenderei quando as desembalar, ou pelo menos quando for rever o episódio em questão. É um processo natural associar a série a pessoas que eu conheci, a situações que vivenciei, a situações que quero vivenciar, que quero narrar, contar, escrever. Escrever sobre Gilmore é, assim, deixar registrado para sempre, mais do que falas isoladas, discursos completos sobre pessoas e narrativas que eu planejo acompanhar pelo restante da vida. Gilmore me deixa em casa, mas rever contínua e aleatoriamente suas temporadas sem deixar nada por escrito me parece a receita para o caos. Está muito cedo para criar mitos, as raízes bastam por ora. Se eu associo minha vida a Gilmore, então minha vida é o máximo por permitir tal aproximação? Ou é abismal pelo mesmo motivo? Se só eu vejo a tristeza subliminar da série (uma amiga diz que é guilty pleasure, um amigo diz que ajuda nos momentos difíceis), é porque associar a Vida a uma série só pode dar errado: corre-se o risco de voltar a episódios específicos que lembrem determinada pessoa em vez de, bem, voltar àquela pessoa. Gilmore me faz ter saudade de tudo, inclusive de coisas que tenho perto de mim. Rever os melhores episódios é comparar as cores vibrantes de lá com as cores apagadas daqui. É uma injustiça que só é corrigida quando escrevo sobre Gilmore, porque fazê-lo é, de muitas formas, escrever Gilmore. É só uma série. O fato de ser a que mais me agrada, diverte e arrebata é que complica tudo.

225. (17 mai) How I Met Your Mother, 3.1: Wait for It (Craig Thomas e Carter Bays, 2007) ***

226. (20 mai) The Wire, 5.8: Clarifications (David Simon e Dennis Lehane, 2008) ****1/2
SPOILERS. Quando The Wire for enfim considerado o que de melhor a tevê americana nos deu (somado a
Gilmore Girls, claro), a confissão de McNulty para Beadie ("I don't know where the anger comes from.") será alavancada como um dos momentos-chave da série. The Wire nunca me pareceu insistente ao modular McNulty como o turrão de olhos esbugalhados da burocracia policial e o mambembe herói fodido da plateia. É por isso que quando ele se importa com o que fez ou com o que deixou de fazer você se importa com sua própria recriminação (acredito que, para preservar o personagem de qualquer traço de autoconsciência, as cenas com Beadie sejam tão raras e rarefeitas, quase escapando pelas mãos). O assassinato de Omar por um garoto é tão surpreendente, encenado com frieza tal, que não dá para deixar de confrontá-lo com os policiais cercando a cena da morte de Stringer Bell, no último episódio da terceira temporada e possível melhor hora da série, em que quase se faz uma elegia à desaparição da matéria tratada, coloquemos assim.

227. (20 mai) Entourage, 5.2: Unlike a Virgin (Doug Ellin, 2008) ***
Possivelmente o melhor episódio da história de Entourage.

228. (20 mai) Spectacle: Elvis Costello with... Rufus Wainwright (Stephen Warden, 2009) ***
Esqueci de adicionar aqui os programas com Elton John e Bill Clinton.

229. (24 mai) How I Met Your Mother, 3.2: We're Not from Here (Chris Harris, 2007) **1/2

230. (27 mai) The Wire, 5.9: Late Editions (David Simon e George Pelecanos, 2008) ****1/2

231. (27 mai) Spectacle: Elvis Costello with... Smokey Robinson (Stephen Warden, 2009) ***

232. (27 mai) Entourage, 5.3: The All Out Fall Out (Rob Weiss, 2008) ***

233. (28 mai) Entourage, 5.4: Fire Sale (Doug Ellin, 2008) ***

234. (31 mai) How I Met Your Mother, 3.3: Third Wheel (David Hemingson, 2007) ***

235. (02 jun)
NewsRadio, 2.16: Houses of the Holy (Dawn DeKeyser, Brian Kelley, Joe Furey e Paul Simms, 1996) ***

236. (02 jun)
NewsRadio, 2.17: Physical Graffiti (Josh Lieb e Paul Simms, 1996) ***1/2

237. (03 jun)
NewsRadio, 2.18: Led Zeppelin (Leslie Caveny, 1996) ***1/2

238. (03 jun) The Wire, 5.10: -30- (David Simon e Ed Burns, 2008) ****1/2 [The Wire 5 ****1/2 / The Wire 1-5 *****]

239. (09 jun) NewsRadio, 2.19: Presence (Alan J. Higgins e Josh Lieb, 1996) ***1/2

240. (09 jun) NewsRadio, 2.20: Coda (Brian Kelley e Lewis Morton, 1996) ***1/2

241. (10 jun) Spectacle: Elvis Costello with... Diana Krall Interviewed by Elton John (Stephen Warden, 2009) ***1/2

242. (11 jun) Entourage, 5.5: Tree Trippers (Ally Musika, 2008) **

243. (11 jun) Entourage, 5.6: Redomption (Doug Ellin, 2008) *

244. (14 jun) Spectacle: Elvis Costello with... She & Him/Jenny Lewis/Jakob Dylan (2009) (Stephen Warden, 2009) ***1/2

245. (15 jun) NewsRadio, 2.21: Led Zeppelin II (Drake Sather, 1996) ***1/2 [NewsRadio 2 ***1/2]

246. (15 jun) NewsRadio, 3.25: Injury (Paul Simms, 1997) ***1/2

247. (?? jun) Entourage, 5.7: Gotta Look Up to Get Down (Ally Musika e Rob Weiss, 2008) ***1/2

248. (14 jul) Hung, 1.1: Pilot (Colette Burson e Dmitry Lipkin, 2009) 1/2
Uma premissa levemente amusing, se não exatamente original, para a profissão mais antiga do mundo. Não surpreende o material promocional da série revolver no protagonista como Mr. Robinson, calçando suas meias, possivelmente a única referência cultural dos criadores do piloto mais apagado, flácido e avesso ao humor que tenho notícia. Situar a série na Detroit-da-crise obviamente equivale a tomadas de carros entrando como sucata em ferro-velho e não saindo novos de fábrica, uma ferroada no estilo de vida que elegeu como vitorioso e libertador os caprichos de Mrs. Robinsons da vida (antes de escolher o amor verdadeiro como vencedor) há 40 anos. Como a primeira série de nota cunhada nos difíceis tempos de bolhas e cartões de crédito estourados, Hung não podia explicitar mais a que veio. Um plano fechado na bandeira norte-americana é seguido por outro aberto, que agora a tem pairando ao lado de uma retroescavadeira cavucando um futuro terreno baldio. Trata-se de um recurso muito eficiente no humor (um que ocasiona um "instante de iluminação" para o personagem, alargando sua perspectiva ou ainda somente a da plateia, deixando-o quieto em sua própria pateticidade terrena), e aqui ele também é usado para este efeito, o humor desconfortável, amarelado (a cara do diretor). A terrível narração em off do protagonista abre com "Everything's falling apart" (escavadeira trabalhando). Menciona seus pais, "normal jobs, normal living", concluindo com "they fit in". Logo depois: "What would I tell them if they saw me now?" Surpreendentemente a seguir ele menciona que seus pais o ensinaram a fazer o que quer que precise ser feito e que "You do your best with whatever gifts God gave you". Sabendo-se que a narração é posterior à adoção do novo trampo (i.e. o "gifts God gave" refere-se a seu pau pornográfico), tem-se aí o problema número um: alivia-se logo qualquer tipo de embaraço ou impedimento que ele poderia colocar para si (vergonha, apelos à decência, the old America etc.). Não que fazê-lo se sentir envergonhado pelo que fará seja algo necessariamente bom ou produtivo, mas o primeiro minuto elimina de pronto tudo isso. O que sobra? A crise. A econômica (a grama mais verde do vizinho, a hipoteca, a casa incendiada, os filhos pedindo dinheiro, o marido rico da ex-mulher) e a da família (que nesse mundo cético está necessariamente ligada à crise econômica; assim, o vizinho rico oferece um modelo vencedor nocivo para a relação do protagonista com seus filhos; a casa incendiada, um protótipo de lar inadequado; os filhos pedindo grana, uma base de comparação para que o marido rico da ex-mulher — e esta, em decorrência — conquiste o afeto das crianças em detrimento do pai loser). A cena de apresentação do protagonista, um discuro feito como treinador ao time de basquete, é bizarra. Não só porque ele sai dela como um neurótico-alucinado-cafeinado técnico (e o cara é um cidadão-médio bem pacato), mas por prover uma lição de vida (o que significa, neste caso, o processo nada tortuoso pelo qual ele "se aceitou" como puto de luxo) envolvendo um besouro que sempre carrega sua merda consigo. O discuro é "ao contrário do besouro, deixemos nossa merda para trás". É claro que seguimos então para a merda de vida do protagonista. O incêndio, uma conversa fracassada com a ex-mulher (Anne Heche, lésbica notória, muito bem como "the crazy chick"), os filhos se mudando para a casa da mãe. Pausa para falar dos filhos. Um casal corpulento de uns 18 anos. Ele é gótico, unhas pretas, batom. Ela é gótica, apenas. (Talvez não seja; é que as cenas com a menina são tão patéticas que é impossível discerni-la do irmão). A chegada da menina na noite do incêncio causa um cataclisma familiar imbecil, agora que nosso protagonista, caipirão sangue-bom, resolve tirar satisfações sobre o paradeiro dela e "por que seu celular está desligado" e "seu horário de chegar em casa é 22h" e "que cara é esse que trouxe você pra casa". A menina fica nervosa, o menino diz "She's freakin' out!", o pai continua gritando, ela começa a chorar, daí o pai pede desculpas (sim, pede desculpas por ter toda a razão do mundo), e então eles se abraçam e ele nota o batom nos lábios do filho (o que talvez prenuncie outro conflito familiar para quem confude "gothic" com "goth"). A questão não é exatamente como esse protagonista educa mal seus filhos, mas como ele os ama mal, e como isso o deixa parecendo o mais imbecil dos pais e o mais retardado dos personagens. É por isso que quando o filho pede US$50 para um show de rock e o pai nega, o garoto diz "Eu sabia que você ia dizer não" e vai embora, e o pai vai atrás e diz "volta aqui". Sou completamente a favor da criação inortodoxa de filhos (olha como Rory saiu bem!), ainda mais quando o mote de uma série fenomenal como Gilmore Girls seja uma mãe e uma filha como melhores amigas. É difícil acreditar que os conflitos familiares de Hung, até por se ligarem à derrocada econômica ou "dos valores", possam advir de uma falta de pulso tão gritante. Ele está tentando conquistar seus filhos e, por isso, age de forma condescendente. Mas os filhos estão no celular ligando para a mãe para que os resgatem da casa incendiada do pai. Nesse cabo-de-guerra do egoísmo, você tem um dos menos críveis núclos familiares não-nucleares (re: Once and Again, ou ainda seu spin-off, Tudo novo de novo). Eu, que sou obcecado por relação familiares em séries, estava preparado para dar um desconto para Hung (sabendo que nem todo pai pode ser uma mãe como Lorelai Gilmore ou Lily Manning) se toda a questão amusing da premissa fosse tratada com a espirituosidade merecida. Não foi. Há uma cena que exemplifica isso claramente: na tal palestra de autoengrandecimento/autoajuda/"seja autônomo", nosso herói, já ciente do seu "winning tool", faz um discurso que começa petulante ("I've got a big dick. Now what do I do with the damn thing?"), fica modesto ("I'm not that smart. I'm not that talented."), descamba para o sentimentalismo ("I can't even afford to buy my son a ticket to a fuckin' rock concert") e termina discretamente hilariante ("My big dick is all I've got."). Terminantemente avessos ao humor espevitado (que na minha opinião só pode ser o humor prentendido por uma série limitada a uma premissa amusing como esta), o protagonista, em V.O., revela: "Ok, I didn't actually said that." Claro que não, como poderiam ter deixado. Na galeria de péssimas caracterizações, mais uma: a poetisa hipster cafetina ninfomaníaca cheia de brios (quando sabe da nova atividade do protagonista: "that's disgusting.") e imprevisível e sem brios ("I can help you sell yourself...") e what a bitch ("...but not for free."). Aparentemente os roteiristas acham hilário sobrepor a camada
"mulher do mundo que leva homens para sua casa, transa com eles, grita muito, goza litros e agencia amantes" à "mulher das letras que quer fazer biscoitinhos da sorte sui generis". A malfadada primeira tentativa do novo puto é escancaradamente pueril, e isso soa forçado, como se por ser um piloto não estivéssemos aptos para o hardcore e precisássemos de "character development" em contagotas. A reação do protagonista quando sua cliente "muda de ideia" é chutar a porta irado, e é claro que depois ele fica pianinho. Assim como é claro que ele, depauperado, entrega os US$50 da cliente para o filho. E é claro que ele "se sente bem pela primeira vez em anos" na narração final, enquanto um mendigo arrasta um carrinho com suas posses, incluindo a bandeira americana, pelas ruas — e este é o máximo de "liberal critique" que Hung se permite (cf. Weeds, em que a mamãe-do-tráfico não entrega a dinheirama aos filhos sem antes pensar what the fuck am I doing). Hung é tão inepto que escamoteia a dignidade do white trash sem ao menos entregar as patéticas gargalhadas que os espectadores se habituaram a esperar desse tipo de desvio. O que dizer de uma série que acredita agradar no humor com o seguinte diálogo: "How old are you, like 40?", pergunta o protagonista. "No!", retruca a hipster, "38!".

249. (15 jul) Hung, 1.2: Great Sausage or Can I Call You Dick? (Colette Burson e Dmitry Lipkin, 2009) **



Entre 16 e 23 de julho assisti a quase 80 episódios de séries e não acho necessário desenvolver cada um deles no nobre porém exaustivo esquema acima. Revista, a primeira temporada de Friday Night Lights é de fato sublime, muito perto da excelência da de Once and Again (a melhor temporada inaugural de um seriado). Há algo de religioso na apreensão intuitiva, tateante de uma realidade a partir da contraposição entre conversas mano-a-mano extremamente sentimentais (sim, exatamente como aquelas de Once and Again) e o fervor circo-na-cidade dos jogos nas noites de sexta. Foram quatro noites e madrugadas em companhia de pessoas enternecedoras em sequências impecáveis (sim, exatamente como as de Gilmore Girls). Já a s2 de 30 Rock não representa um retrocesso per se, mas sim uma constatação de que a colher de chá dada para a s1 (material para ***, honestamente) foi cuspida. É aquela coisa: mais de Tina, mais de Baldwin, menos de todo o resto. Twin Peaks é aquilo que vocês conhecem, o piloto é *****, os episódios subsequentes menos impressionantes em maior ou menor grau (com exceção do magnífico, encantandor s2e6). Mas sinto que minha "incumbência" com Peaks acabou neste mesmo episódio; depois daqueles horrendos e fascinantes 10 minutos finais falta alguma coisa? Enfim, dei uma pausa para rever Lights justamente para salvar o casamento.

(16-17 jul) 30 Rock s1 [21 episódios] (Tina Fey, 2006/07) ***1/2

(17-18 jul) Twin Peaks s1 [8 episódios] (David Lynch e Mark Frost, 1990) ****1/2

(18-19 jul) 30 Rock s2 [15 episódios] (Tina Fey, 2007/08) ***

(20-23 jul) /Friday Night Lights s1/ [22 episódios] (Peter Berg, 2006/07) *****

(19 jul-??) Twin Peaks s2 [22 episódios] (David Lynch e Mark Frost, 1990/91) em andamento

(24 jul) The Office (UK) s1 [6 episódios] (Ricky Gervais e Stephen Merchant, 2001) ***



328. (26 jul) Better Off Ted, 1.1: Pilot (Victor Fresco, 2009) **

329. (27 jul) /Gilmore Girls, 3.16: The Big One/ (Amy Sherman-Palladino, 2003) ****

330. (27 jul) /Gilmore Girls, 3.19: Keg! Max!/ (Daniel Palladino, 2003) ****

331-39. (30 jul-03 ago) Monk 1.1-8 (Andy Breckman, 2002) entre ** e ***.

340-42. (09-10 ago) Weeds 4.1-3 (Jenji Kohan, 2008) **
Perdi a paciência com Weeds; como se isso fosse possível, o humor negro agora é contraproducente em absoluto (complacente, moldado à imbecilidade reinante, não mais a circunspecta balança moral). Na maioria das cenas eu tenho vontade de gritar "be a lady, porra"
para a protagonista; para os outros, varia de "você é retardado?" a "você não fez o que eu acabei de ver que você fez". Como se mais pessoas se divertissem ao meu lado com os gracejos de uma série-cisne que a cada episódio canta seu lamento final, a elas pergunto: "o que é tão engraçado?" Acho que falar sozinho para os lados e para a tela não qualifica uma experiência como produtiva.

343. (15 ago) My So-Called Life, 1.1: Pilot (Winnie Holzman, 1994) ****

344. (16 ago) My So-Called Life, 1.2: Dancing in the Dark (Winnie Holzman, 1994) ****

345. (21 ago) My So-Called Life, 1.3: Guns and Gossip (Justin Tanner, 1994) **1/2

346. (22 ago) My So-Called Life, 1.4: Father Figures (Winnie Holzman, 1994) ***1/2

347. (22 ago) My So-Called Life, 1.5: The Zit (Betsy Thomas, 1994) ***1/2

348. (10 set) My So-Called Life, 1.6: The Substitute (Jason Katims, 1994) ***1/2

349. (18 set) Buffy the Vampire Slayer, 1.1: Welcome to the Hellmouth (Joss Whedon, 1997) ***

350. (18 set) Buffy the Vampire Slayer, 1.2: The Harvest (Joss Whedon, 1997) ***

351. (18 set) Buffy the Vampire Slayer, 1.3: Witch (Dana Reston, 1997) ***

352. (18 set) Buffy the Vampire Slayer, 1.4: Teacher's Pet (David Greenwalt, 1997) ***

353. (19 set) Buffy the Vampire Slayer, 1.5: Never Kill a Boy on the First Date (Rob Des Hotel e Dean Batali, 1997) ***

354. (19 set) Buffy the Vampire Slayer, 1.6: The Pack (Matt Kiene e Joe Reinkemeyer, 1997) ***

355. (19 set) Buffy the Vampire Slayer, 1.7: Angel (David Greenwalt, 1997) ****1/2

356. (25 set) Modern Family, 1.1: Pilot (Steven Levitan e Christopher Lloyd, 2009) ***

(Vistos mas não anotados: Modern Family 1.2 e 1.3 [***] e Curb Your Enthusiasm 7.1 [****].)

360. (01 nov) Curb Your Enthusiasm, 7.2: Vehicular Fellatio (Larry David, 2009) ****1/2

361. (07 nov) Curb Your Enthusiasm, 7.3: The Reunion (Larry David, 2009) ****

362. (07 nov) Curb Your Enthusiasm, 7.4: The Hot Towel (Larry David, 2009) ****

363. (07 nov) My So-Called Life, 1.7: Why Jordan Can't Read (Liberty Godshall, 1994) ****

364. (07 nov) My So-Called Life, 1.8: Strangers in the House (Jill Gordon, 1994) ****

365. (08 nov) My So-Called Life, 1.9: Halloween (Jill Gordon, 1994) ***1/2

366. (09 nov) My So-Called Life, 1.10: Other People's Mothers (Richard Kramer, 1994) ****

367. (11 nov) My So-Called Life, 1.11: Life of Brian (Jason Katims, 1994) *****

368. (11 nov) My So-Called Life, 1.12: Self-Esteem (Winnie Holzman, 1994) ****1/2

369. (28 dez) Curb Your Enthusiasm, 7.5: Denise Handicapped (Larry David, 2009) ***1/2

370. (28 dez) Curb Your Enthusiasm, 7.6: The Bare Midriff (Larry David, 2009) ***

371. (29 dez) Curb Your Enthusiasm, 7.7: The Black Swan (Larry David, 2009) ***1/2

372. (29 dez) Curb Your Enthusiasm, 7.8: Officer Krupke (Larry David, 2009) ***1/2

373. (29 dez) Curb Your Enthusiasm, 7.9: The Table Read (Larry David, 2009) ****

374. (30 dez) Curb Your Enthusiasm, 7.10: Seinfeld (Larry David, 2009) ****1/2 [Curb Your Enthusiasm 7 ****]