terça-feira, janeiro 01, 2008

2008


000. Weeds 1 ***1/2, The Office (US) 1 ***, The Office (US) 2 ****, Deadwood 1 ****, /The Wire 2/ *****, Weeds 2 ****, The Return of Jezebel James 1 (inc.) *1/2

001. (13 abr) Pushing Daisies, 1.1: Pie-lette (Bryan Fuller, 2007)
***

002. (20 abr) Pushing Daisies, 1.2: Dummy (Peter Ocko, 2007)
***

003. (21 abr)
/Gilmore Girls, 5.11: Women of Questionable Morals/ (Daniel Palladino, 2005) ***1/2 [antes: **1/2]

 
004. (22 abr) /
Gilmore Girls, 5.12: Come Home/ (Jessica Queller, 2005) ****
Sookie se enrola no edredom, no toblerone e em reprises de um seriado favorito. (Paralelamente, voltar aos adoráveis episódios vespertinos da última grande temporada de Gilmore Girls é algo para comemorar.) Se a cozinheira precisa de uma hora semanal longe do ambiente doméstico e de negócios, melhor ainda que ela não sintonize suas aflições como uma dona-de-casa desesperada. Pelo contrário, é um pequeno prazer, um prazer culpado: um seriado chocho e deliciosamente assim, e a emoção do escape, de assombrar uma pousada, aquela sensação deliciosa de permanecer no local de trabalho quando todos já o deixaram. A idoneidade de sua hora não é a idoneidade das empedernidas mulheres casadas que armam um cataclisma indiscreto de insatisfação pessoal. É o contentamento de não causar aborrecimentos ao marido que não se aborreceria por nada disso (Jackson aceitaria tudo de bom-grado e liberaria a sala de televisão da casa para "sua hora", ela afirma). É não ficar no vermelho com um marido que nunca a recriminaria por isto numa rusga futura. Antes de tudo, é a oportunidade de deixar Michel louco atrás do invasor e de estreitar o convívio com Lorelai, que faz da hora da amiga a sua própria. É um alívio que as circunstâncias deixem marcas casuais, discretas em Gilmore: veja Luke como um gatuno noturno, elaborando sub-repticiamente os presentes mais apaixonados do mundo da tevê. No episódio anterior (um elo fraco na cadência narrativa de Gilmore, mas repleto da quintessência circo-na-cidade, com mais uma reconstituição de um grande evento histórico), um rinque de patinação no gelo é armado para reconciliar Lorelai e a neve (re: 1.8: Love & War & Snow), ou ainda, no episódio em questão, a compra de uma televisão para seu quarto que sobreviveu muito bem sem uma. Que ele não faça questão de proclamar esses presentes em sua verdade romântica é sintomático de uma série que é uma afirmação da vida, em especial da parte chamada diversão. Ainda melhor é a reconciliação entre Richard e Emily - motivada por um cão perdido, um evento banal de tão fútil que poderia constar num conto do Tchekhov -, que envolve um acidente de carro que desestabiliza a imagem clássica de um evento beneficente da elite e ainda Richard ganhando mais e mais centímetros ao confrontar um antigo acompanhante da mulher. Finalmente, Lorelai experimentando um vestido de noiva é uma imagem memorável que eu quero encapsular. A acre nota final encapsula veneno: Emily também ganha uns centímetros e se insufla em dignidade aristocrática ao entregar o convite de renovação de casamento a Christopher, não sem antes apelar para a imagem vista e em "as coisas estão ficando sérias entre eles". Um contraponto de partir o coração é com a seção final do 2.2: Hammers and Veils, em que uma discussão entre o que é mais apropriado para o casamento de Lorelai, véu ou tiara, é ainda mais apropriada para consolidar o bonde mãe-e-filha (mãe-e-avó, para os iniciantes
). O coração volta a colar quando penso no episódio subseqüente, 5.13: Wedding Bell Blues, de esporte fino em ritmo jazzístico; e é estraçalhado novamente porque o feriado acabou, a vida continua e eu não tenho as próximas tardes livres para o meu esporte favorito. 


005. (22 abr) Mad Men, 1.1: Smoke Gets in Your Eyes (Matthew Weiner, 2007) ***1/2

006. (26 abr) Cheers, 1.1: Give Me a Ring Sometime (Glen Charles, Les Charles, 1982) ****

007. (26 abr) Cheers, 1.2:
Coach's Daughter (Ken Estin, 1982) ***

 
008. (26 abr) Cheers, 1.3: Sam's Women (Earl Pomerantz, 1982) ***1/2

009. (26 abr) Cheers, 1.4: The Tortelli Tort (Tom Reeder, 1982) ***1/2

010. (26 abr) Cheers, 1.5: Sam at Eleven (Glen Charles, Les Charles, 1982) ****

011. (26 abr) Cheers, 1.6: Any Friend of Diane's (Ken Levine, David Isaacs, 1982) ***1/2

012. (26 abr) Mad Men, 1.2: Ladies Room (Matthew Weiner, 2006) ***1/2

013. (27 abr) Cheers, 1.7: Friends, Romans, Accountants (Ken Levine, Davis Isaacs, 1982) ***

014. (27 abr) Cheers, 1.8: Truce or Consequences (Ken Levine, Davis Isaacs, 1982) ***1/2


015. (27 abr) Cheers, 1.9: Coach Returns to Action (Earl Pomerantz, 1982) ***1/2

016. (26 abr) Pushing Daisies, 1.3: The Fun in Funerals (Bryan Fuller, 2007) ***

017. (27 abr) Cheers, 1.10: Endless Slumper (Sam Simon, 1982) ***

018. (27 abr) Cheers, 1.11: One for the Book (Katherine Green, 1982) ***

019. (27 abr) Cheers, 1.12: The Spy Who Came in for a Cold One (David Lloyd, 1982) ***

020. (27 abr) The Wire, 3.11: Middle Ground (George Pelecanos, 2004) ****1/2

021. (27 abr) The Wire, 3.12: Mission Accomplished (David Simon, 2004) ***** [The Wire 3 *****]

022. (28 abr) /Gilmore Girls, 5.16: So... Good Talk/ (Lisa Randolph, 2005) ****
Eu queria saber a história por trás desses escritores de um só episódio. Não é bem um costume meu, mas quando me deparo com um redator praticamente desconhecido do staff regular, faço uma breve pesquisa no imdb, talvez pela insistência em mapear as trajetórias de cabeças vitalmente contaminadas pelo ritmo da fala humana. (Tudo começou quando Jenji Kohan criou a ótima Weeds quatro anos depois de roteirizar apenas um episódio, mas um cintilante, o marcante 1.7: Kiss and Tell. É fácil, até demais, vê-la como aprendiz da feiticeira Amy.) Assim, após a pesquisa, descobri que Lisa Randolph é script coordinator e assistente de Amy Sherman-Palladino, e isso regularmente (decerto deveria ter distribuído seu cartão de visitas em mais episódios). Mesmo que se coloque o casal Palladino como redatores-chefe, acredito que dificilmente os diálogos deliciosos do episódio precisaram de algum polimento. Estranho e maravilhosamente generoso: todos saem com o que querem (exceto Zach, mas ele é dispensado de lavar a louça). Rory sai com uma possibilidade de relacionamento fundada em novas, excitantes e remotas bases (re: trecho final de 5.8: The Party's Over). Lorelai tira camaradagem de sua introspecção (um progresso que encontra os olhos como merecido; depois de enviar uma mensagem desesperada para a secretária eletrônica de Luke, faz sentido que seu arrependimento naquela mesma noite, ainda acrescido de uma sucessão fantástica de acontecimentos do ep. anterior a esse, tire o bambolê-em-chamas da frente de seu espiríto indomável, agora livre para perseguir as finas coxas do carteiro). Luke afunda em autocomiseração como pode, e talvez até tenha encontrado alguma nobreza ou repreensão punitiva na irritabilidade (Kirk, pelo contrário, encontra bem mais). Sookie triunfa ao tirar Lorelai de casa. Lorelai, de fato, inicia sua maratona de A Star is Born. Mais que isso: é ver uma Rory sem tostões encurvada por conta de um saco de roupa suja semanal, perambulando em Stars Hollow cercada de livros, almoçando um hambúrguer (um "conceito de almoço") e dizendo coisas como: "You're making me sound a little slutty". Mais ainda: é Lorelai pedindo ajuda ao pai nos negócios, ela de olhos quase marejados quando ele lhe diz: "You've done a wonderful job here". A gangorra de débitos, créditos e moratórias emocionais tem uma invectiva irrepreensivelmente terrena.

023. (30 abr) Cheers, 1.13: Now Pitching, Sam Malone (Ken Levine, Davis Isaacs, 1983) ***
 


024. (30 abr) Cheers, 1.14: Let Me Count the Ways (Heide Pearlman, 1983) *** 

025. (30 abr) Cheers, 1.15: Father Knows Last (Heide Pearlman, 1983) ***

026. (30 abr) Cheers, 1.16: The Boys in the Bar (Ken Levine, Davis Isaacs, 1983) **1/2
Veja comentário número 032.


027. (30 abr) Cheers, 1.17: Diane's Perfect Date (David Lloyd, 1983) ***1/2

028. (30 abr) Cheers, 1.18: No Contest (Heide Pearlman, 1983) ***1/2

029.
(01 mai) Cheers, 1.19: Pick a Con... Any Con (David Angell, 1983) ***1/2 

030. (01 mai) Cheers, 1.20: Someone Single, Someone Blue (David Angell, 1983) ***1/2

031. (01 mai) Cheers, 1.21: Show Down: Part 1 (Glen Charles, Les Charles, 1983) ***1/2

032. (01 mai) Cheers, 1.22: Show Down: Part 2 (Glen Charles, Les Charles, 1983) ****
Faíscas e farpas eram esperadas no confronto final da temporada e, de fato, nunca uma rendição romântica pressupôs com tamanha propriedade a noção imediatamente anterior de guerra. (As surpresas ficam mesmo por conta da excelente cena de abertura, bizarramente reaproveitada de um episódio anterior, e da narração de Carla, que perfaz os questionamentos "Será que..." óbvios de cada um, exceto que o seu - se seu marido ligará ou não para ela - é o único MacGuffin do episódio, ao manter a bola rolando apenas para ser solenemente ignorado.) A vitalidade de Cheers é encantadora, sua disposição, e cacife, para lidar com apenas um grande arco (o engata-não-engata de Sam e Diane) permite a cada episódio dedicar um tempo especial para os diversos núcleos: Norman, recepcionado como nenhum outro, diz seus aforismos; Carla às voltas com uma nova gravidez e com a velha prole; "Coach" estabelecido como a criatura mais doce da televisão. E quando se pensa estar diante da simplória dinâmica puxe-empurre de uma típica Guerra dos Sexos, alguns episódios bizarros aparecem no meio do caminho. O mais problemático (e, de algum modo, glorioso), o 1.16: The Boys in the Bar, traz um velho amigo de Sam, agora fora do closet, lançando uma autobiografia em seu bar. O receio dos convivas, e até do dono, é de que Cheers vire uma birosca gay. O fato de três dos personagens principais se apegarem à pura beligerância em relação a freqüentadores apenas suspeitamente gays é arriscado e corajoso (Carla, a garçonete, diz que um bar gay requisitaria garçons e, assim, ela seria demitida). Diane, como o grilo falante da consciência moral (status que ela assume em quase todos os episódios e que resvalaria para a completa repelência caso a força-tarefa responsável pela hostilidade - seus colegas de trabalho - não livrasse o espectador do encargo) impele Sam ao credo isonômico "cliente é cliente", e até testemunhamos algo como "Este não será um bar do qual pessoas são expulsas" (não sem antes recordar do amigo como antigo parceiro na noite com "O mundo era mais simples", ou ainda insistir em "Homens devem ser homens"). Justo o bastante. Exceto que os apontados como gays não o eram, e dois dos que reforçavam o coro da intolerância acabam assim se revelando. Uma reviravolta de mau gosto, terrivelmente fatalista: gays estão entre nós, não há meios para diferenciá-los de nós, só nos resta aceitá-los. (Ao fim e ao cabo, todos riem: Norman recebe em cada uma das bochechas rosadas um beijo de cada um e diz que eles são melhores que sua patroa. Um alô-chega-mais caliente para a diversidade. É um assombro esse episódio ter barganhado para os escritores um prêmio contra a homofobia de alguma organização/aliança gay.) Os métodos de Cheers não esmoreceram: o freeze frame utilizado no encerramento de diversos episódios eleva e eclipsa com destreza o desajeito terreno; diálogos prosseguem no fundo preto de fim-de-episódio; a linda cena conclusiva de 1.5: Sam at Eleven parte de picuinhas no escritório e segue até um adoravelmente fraudulento finale no balcão do bar. Se não é exatamente carregado em sofisticação (é um espanto Diane mencionar Keats e Kierkegaard; e uma bênção que só ela entenda), é notável por seu espirituoso mostruário de vícios e virtudes, polido com a típica precisão teatral de uma série gravada no formato tradicional, defronte a uma platéia solícita, mas que talvez só o seja por receber algo estimulante para trabalhar. Pura vergonha e total decepção o novo petardo de Amy Sherman-Palladino, The Return of Jezebel James, ter se revelado um tiro n'água, porque este é um formato fascinante, do qual muito se pode tirar. Ah, e os três grandes episódios da temporada foram escritos pelos irmãos criadores da série, o que só prova que a teoria do autor encontra um teto na televisão. [Cheers 1 ****]

033. (01 mai) /Gilmore Girls, 5.19: But I'm a Gilmore!/ (Amy Sherman-Palladino, 2005) ****
"Pelo menos eu notei o Velásquez", "Meus ancestrais vieram no Mayflower" etc.

034. (01 mai) Pushing Daisies, 1.4: Pigeon (Rina Mimoun, 2007) **1/2

035. (01 mai) /Cheers, 1.22: Show Down: Part 2/ (Glen Charles, Les Charles, 1983) ****

036. (02 mai) /Cheers, 1.16: The Boys in the Bar/ (Ken Levine, Davis Isaacs, 1983) **1/2
Veja comentário número 032.

037. (02 mai) /Gilmore Girls: 5.20: How Many Kropogs to Cape Cod?/ (Bill Prady, Rebecca Rand Kirshner, 2005) ****
Um clássico: "A Kropog is a unit of distance, Lorelai. Not volume"; Richard complementa o elogio de Emily ao carro esportivo de Logan com "e foi muito bem estacionado"; Luke contemplando um Taylor atacado por manequins com um "I have to get a camera" (Lorelai sempre diz isso); um professor diz "whatever" para Rory (!); Lorelai vislumbra um futuro de career woman (paralelamente, Rory no primeiro dia de estágio saca o celular e tira uma egoshot ao lado do café e dos donuts); Luke incentiva o networking; possibilidade de topless na Riviera Francesa (ou de consultoria na Alemanha) ao menos remotamente considerada na linda cena final: "And when I was a kid, I always wanted to say 'I'll be back from Düsseldorf on friday'".

038. (02 mai) /The Wire, 4.4: Refugees/ (Dennis Lehane, 2006)
****


039. (03 mai) Mad Men, 1.3: Marriage of Figaro (Tom Palmer, 2007) ***1/2

040. (10 mai) /Gilmore Girls, 1.6: Rory's Birthday Parties/ (Amy Sherman-Palladino, 2000) *****
Rory e Lorelai na cama às 4h03 define Gilmore Girls: nada de extraordinário, mas acho que orgulha-se de ser chamado mundano, uma vez que a afeição tenaz e rabugenta pelo mundo é o principal artigo de sua fé. Ademais, logo depois de salientar que o próximo aniversário de Rory será sediado num McDonald's da vida (festa sem antes-de-festa e depois-de-festa), Lorelai observa a filha da janela num vir-a-ser com o futuro namorado que pende mais para Hard Rock Cafe. Eu coloco nesses termos, mas o lalala tipicamente sublime de Sam Phillips casa de tal forma com a expressão de espanto de Lorelai (a feição que se imagina impressa no rosto de alguém despachado para uma ilha inóspita) que a cena ganha gravidade, e a gravidade finalmente vem abaixo quando, no próximo episódio, Rory beija Dean pela primeira vez e sua mãe é informada do ocorrido por outra persona.

041. (11 mai) Pushing Daisies, 1.5: Girth (Katherine Lingenfelter, 2007) **1/2

042. (15 mai) Pushing Daisies, 1.6: Bitches (Dara Resnik Creasey e Chad Gomez Creasey, 2007) ***

043. (17 mai) Mad Men, 1.4: New Amsterdam (Lisa Albert, 2007) ***1/2

044. (18 mai) Mad Men, 1.6: Babylon (Andre Jacquemetton e Maria Jacquemetton, 2007) ****

045. (22 mai) Pushing Daisies, 1.7: Smell of Success (Scott Nimerfro, 2007) ***

046. (23 mai) /Gilmore Girls, 6.13: Friday Night's Alright for Fighting/ (Amy Sherman-Palladino, 2006) ***1/2

047. (24 mai) Mad Men, 1.7: Red in the Face (Bridget Bedard, 2007) ***1/2
Durante os 45 minutos da vez, passa pela minha cabeça
comumente algo como "meu deus, estamos em 1960", não como "bela cápsula do tempo", e sim "céus, essas coisas não eram mais abertas/aceitas/institucionalizadas nos anos 60". Mad Men, grande e delicioso produto, particularmente neste episódio, embala a vácuo seus personagens e os coloca na esteira "direto do túnel do tempo". Percebam o quão moralmente gratificante é Don Draper, notório pula-cerca, coordenando as flertadas inexistentes da mulher para o chefe sem que a judia de Park Avenue ou a artista politizada dêem as caras e carrancas. Na seção "garotos serão garotos": Pete troca uma ridiculamente festiva bandeja para chips & sauce por uma carabina. No departamento "homens serão garotos": Draper e Roger sobem os vinte e três lances de escada em guerra fria. Acima de tudo: oi, HBO Brasil, favor exibir o quinto episódio da melhor série do ano.

048. (29 jun) Pushing Daisies, 1.8: Bitter Sweets (Abby Gewanter, 2007) ***

049. (01 jun) Mad Men, 1.5: Five G (Matthew Weiner, 2007) ****
De partir e finalmente quebrar o coração. Lembra do cair de máscaras na cafeteria interiorana de A History of Violence? Um outro café ganha o mesmo status revelador aqui. Quem diria Mad Men tratar com um vigor combativo o núcleo familiar, um que nunca se assenta, sempre demandando retoques e floreios nervosos (como saudar uma pessoa como "irmão" e ouvir "meio-irmão" como réplica; ou ainda ressaltar a freqüência com que se era lembrado de que sua mãe não era sua mãe de fato). Algo perfeitamente encapsulado na preparação formal, com hora marcada, da clássica foto de família impetrada pela mulher (pela mulher de um homem de sucesso, pela mulher inserida em uma específica comunidade e que a ela deve satisfações) e preterida por Don. Exceto que ele a pretere para colocar panos quentes em outra desavença familiar, uma que se coloca assim apenas por sua vontade, já que a outra parte, mais que empreender um reconhecimento de terreno, só quer ser reconhecido. Como homem internacional do mistério, Don só precisa tirar o smoking da cena inicial e vestir uma capa; e ele a está trajando ao agir, na cena final, como Tom Wilkinson em
O sonho de Cassandra. (E ele é meu herói pessoal quando diz "Of course I did" para o irmão - que pergunta se ele sentiu saudades suas - num tom verdadeiramente emocionado que se afasta de todas as tentativas apaziguadoras anteriores para logo depois desmentir toda aquela conversa, dizendo que esta nunca existiu.) Não há outro modo de entender os cinco mil depositados na mesinha de cabeceira deste que um favor de mão dupla fatalista, um desses a que se chega após uma longa jornada noite adentro regada a uísque (eles quase parecem moralmente aceitáveis se colocados perto da cortesia algo creepy do irmão e do estilo de vida claramente vencedor de Don, que diz que sua vida "move para frente"). Os cinco mil farão falta ao fundo para aquisição de uma casa de campo para o casal Draper e rebentos. A mulher diz que sabe que o marido não gosta de aturar seu pai (dono da casa de veraneio usada pela família), que o olha estranho porque ele "roubou sua filhinha". Dessa forma, o sogro vem a reboque do despacho do meio-irmão. Essas dinâmicas ricas, impecáveis são entremeadas por rusgas de escritório algo bobas, exemplificadas em suma por Pete, que vai do paspalho (ao escrever um conto para rivalizar com seu colega recentemente publicado) ao ultrajante (quando sugere que a esposa deveria ir até o fim com o ex-namorado editor figurão para hospedar sua estória na New Yorker). Mas talvez isso tenha destino certo: os demônios de Don parecem mais kafkianos quando seu olhar vidrado comanda uma cena que se desenrola no entorno da fogueira de vaidades da simples promoção pessoal. "É por isso que nós os amamos", diz a ruiva Joan ("strawberry mouth" no próximo episódio, um que vi antes desse por incompetência da HBO) a Peggy, quando esta finalmente flagra o Don pula-cerca e entende de que se trata seu serviço: manter privada a vida privada de seu chefe. Não muito diferente da discussão que abre o episódio, na qual Don sugere a um banco cliente da empresa a criação de uma conta executiva para homens, longe do controle doméstico e do olho público. Novamente, o melhor episódio da primeira temporada até agora é escrito por seu criador. Amy Sherman-Palladino, olha o que você fez.

050. (06 jun) Once and Again, 1.1: Pilot/Boy Meets Girl (Edward Zwick, Marshall Herskovitz, 1999) ****

051. (07 jun) /Gilmore Girls, 2.13: A-Tisket, A-Tasket/ (Amy Sherman-Palladino, 2002) *****

 
052. (08 jun) Pushing Daisies, 1.9: Corpsicle (Lisa Joy, 2007) **1/2 [Pushing Daisies 1 **1/2]

053. (08 jun)
Once and Again, 1.2: Let's Spend the Night Together (Edward Zwick, Marshall Herskovitz, 1999) ****1/2

054. (08 jun) Tell Me You Love Me, 1.1 (Cynthia Mort, 2007) ***

055. (13 jun) Once and Again, 1.3: The Scarlet Letter Jacket (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 1999) ****

056. (
13 jun) Once and Again, 1.4: Liars and Other Strangers (Winnie Holzman, 1999) ****

057. (
13 jun) Once and Again, 1.5: There Be Dragons (Liberty Godshall, 1999) ****

058. (
13 jun) Once and Again, 1.6: A Dream Deferred (Jan Oxenberg, 1999) ****

059. (
14 jun) Once and Again, 1.7: The Ex-Files (Winnie Holzman, 1999) ****

060. (
14 jun) Once and Again, 1.8: The Past is Prologue (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 1999) ****

061. (
14 jun) Once and Again, 1.9: Outside Hearts (Alexa Junge, 1999) ****

062. (
14 jun) Once and Again, 1.10: Thanksgiving (Donald Margulies, 1999) *****

063. (
14 jun) Once and Again, 1.11: Where There's Smoke (Michael Weller, 1999) *****

064. (
14 jun) Once and Again, 1.12: The Gingerbread House (Pamela Gray, Winnie Holzman, 1999) *****
 
066. (14 jun) Once and Again, 1.13: Mediation (Pamela Gray, 2000) ****1/2

067. (14 jun) Once and Again, 1.14: Sneaky Feelings (Sue Paige, Daniel Paige, 2000) ****1/2
 

068. (15 jun) Once and Again, 1.15: The Mystery Dance (Sue Paige, Daniel Paige, 2000) ****1/2

069. (15 jun) Once and Again, 1.16: Daddy's Girl (Liberty Godshall, 2000) ****1/2 

070. (15 jun) Once and Again, 1.17: Unfinished Business (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 2000) *****

071. (15 jun) Once and Again, 1.18: Strangers and Brothers (Richard Kramer, 2000) *****

072. (15 jun) Once and Again, 3.12: Gardenia (Richard Kramer, 2002) *****
1. Jessie's face. As cenas mais emocionantes da televisão estão aqui.


073. (21 jun)
Once and Again, 1.19: Cat-In-Hat (Michael Weller, 2000) ***1/2

074.
(21 jun) Once and Again, 1.20: My Brilliant Career (Jan Oxenberg, 2000) ****1/2

075.
(21 jun) Once and Again, 1.21: Letting Go (Alexa Junge, 2000) ****1/2

076.
(21 jun) Once and Again, 1.22: A Door, About to Open (Winnie Holzman, 2000) ****1/2 [Once and Again 1 *****]Uma obra-prima, não há como colocar de outro modo. 

077. (21 jun) Mad Men, 1.8: The Hobo Code (Chris Provenzano, 2007) ***1/2
A labuta em Mad Men adquire um contorno central: Peggy se sente tolhida a aproveitar um escritório vazio antes do início do turno matutino (um dos maiores prazeres da minha vida foi ficar sozinho na Nova Fronteira numa dessas sextas em que todos conseguem sair no horário estipulado); o andarilho trabalha pela janta da noite anterior, e a suposta catarse que viria com a entrega da moeda é preterida em nome da bem-vinda sensação de retribuir um favor sendo apenas útil (talvez o padrasto de Don tenha tirado algum tipo de conversão e direcionamento espiritual disso). E não há como esquecer o close no rosto de Peggy quando Pete manifesta desprezo pelo modo como ela dança seu rockabilly.

078. (22 jun) Mad Men, 1.9: Shoot (Chris Provenzano, Matthew Weiner, 2007) ****

079. (28 jun) Mad Men, 1.10: Long Weekend (Bridget Bedard, Maria Jacquemetton, Andre Jacquemetton, Matthew Weiner, 2007) ****

080. (06 jul) Mad Men, 1.11: Indian Summer (Tom Palmer, Matthew Weiner, 2007) ****

081. (06 jul) Mad Men, 1.12: Nixon vs. Kennedy (Lisa Albert, Maria Jacquemetton, Andre Jacquemetton, 2007) ****

082. (06 jul) Tell Me You Love Me, 1.2 (Chyntia Mort, 2007) ***1/2

083. (07 jul) Entourage, 4.1: Welcome to the Jungle (Doug Ellin, 2007) ** 


084. (12 jul) Mad Men, 1.13: The Wheel (Matthew Weiner, Robin Veith, 2007) ****1/2 [Mad Men 1 ****]

085. (13 jul) Tell
Me You Love Me, 1.3 (Chyntia Mort, 2007) ****086. (13 jul) Tell Me You Love Me, 1.4 (Chyntia Mort, Anya Epstein, 2007) ****

087. (14 jul)
Entourage, 4.2: The First Cut is The Deepest (Doug Ellin, 2007) ***

088. (19 jul)
Curb Your Enthusiasm, 6.1: Meet the Blacks (Larry David, 2007) ****089. (19 jul) Curb Your Enthusiasm, 6.2: The Anonymous Donor (Larry David, 2007) ****

090. (19 jul) Tell Me You Love Me, 1.5 (Vanessa Taylor, 2007) ***1/2

091. (21 jul) Curb Your Enthusiasm, 6.3: The Ida Funkhouser Roadside Memorial
(Larry David, 2007) ****

092. (21 jul) Entourage, 4.3: Malibooty (Rob Weiss, 2007) **1/2

093. (23 jul) Seinfeld, 1.1: The Seinfeld Chronicles (Larry David, Jerry Seinfeld, 1989) **1/2
 

094. (23 jul) Seinfeld, 1.2: Male-Unbonding (Larry David, Jerry Seinfeld, 1990) **1/2

095. (23 jul) Seinfeld, 1.3: The Stake Out (Larry David, Jerry Seinfeld, 1990) **1/2

096. (23 jul) Seinfeld, 1.4: The Robbery (Matt Goldman, 1990) ***

097. (23 jul) Seinfeld, 1.5: The Stock Tip (Larry David, Jerry Seinfeld, 1990) **1/2 [Seinfeld 1 **1/2] 

098. (24 jul) Seinfeld, 2.1: The Ex-Girlfriend (Larry David, Jerry Seinfeld, 1990) **1/2

099. (24 jul) Seinfeld, 2.2: The Pony Remark (Larry David, Jerry Seinfeld, 1990) ***

100. (24 jul) Seinfeld, 2.3: The Busboy (Larry David, Jerry Seinfeld, 1990) ***
O melhor das duas primeiras temporadas de Seinfeld é Elaine vestindo as calças do namorado-de-partida numa pressa desmedida. 

101. (24 jul) Seinfeld, 2.4: The Baby Shower (Larry Charles, 1990) *** 

102. (24 jul) Seinfeld, 2.5: The Jacket (Larry David, Jerry Seinfeld, 1990) ***

103. (24 jul) Seinfeld, 2.6: The Chinese Restaurant (Larry David, Jerry Seinfeld, 1991) ***1/2

104. (25 jul) Seinfeld, 2.7: The Phone Message (Larry David, Jerry Seinfeld, 1991) ***

105. (25 jul) Seinfeld, 2.8: The Apartment (Peter Mehlman, 1991) ***106. (25 jul) Seinfeld, 2.9: The Stranded (Larry David, Jerry Seinfeld, Matt Goldman, 1991) ***

107. (25 jul) Seinfeld, 2.10: The Statue (Larry Charles, 1991) ***108. (25 jul) Seinfeld, 2.11: The Heart Attack (Larry Charles, 1991) ***1/2

109. (25 jul) Seinfeld, 2.12: The Revenge (Larry David, 1991) ***1/2

110. (25 jul) Seinfeld, 2.13: The Deal (Larry David, 1991) ***1/2 [Seinfeld 2 ***1/2]

111. (28 jul)
Curb Your Enthusiasm, 6.4: The Lefty Call (Larry David, 2007) ****

112. (28 jul) Entourage, 4.4: Sorry, Harvey (Doug Ellin, 2007) ***

113. (01 ago) Once and Again, 2.1: Wake Up Little Susie
(Edward Zwick, Marshall Herskovitz, 2000) ****

114. (03 ago) Tell Me You Love Me, 1.6 (David Schulner, 2007) ***1/2

115. (04 ago) Curb Your Enthusiasm, 6.5: The Freak Book (Larry David, 2007) ***1/2

116. (04 ago) Entourage, 4.5: The Dream Team (Brian Burns, 2007) ***

117. (08 ago) Seinfeld, 3.1: The Note (Larry David, 1991) ***
"I think it moved."

118. (08 ago) Seinfeld, 3.2: The Truth (Elaine Pope, 1991) ***

119. (08 ago) Seinfeld, 3.3: The Dog (Larry David, 1991) **1/2

120. (08 ago) Seinfeld, 3.4: The Library (Larry Charles, 1991) ***
Flashbacks à Freaks & Geeks não funcionam. Mas isso funciona esplendidamente: "
Well, I got a flash for ya, joy-boy: party time is over."

121. (09 ago) Seinfeld, 3.5: The Pen (Larry David, 1991) ***

122. (09 ago) Seinfeld, 3.6: The Parking Garage (Larry David, 1991) ****
Meu pesadelo particular na cabeça de Larry David: grupo. algo some. todos ao resgate. diferentes direções. item encontrado por um. depois outro. depois. outro. depois... o último. O carro não dá partida.

 
123. (09 ago) Seinfeld, 3.7: The Café (Tom Leopold, 1991) ***1/2
"Tell your friends!"

124. (09 ago) Seinfeld, 3.8: The Tape (Larry David, Bob Shaw, Don McEnery, 1991) ***
Elaine como interesse sexual do trio parece essencialmente redutor, creepy e errado.

124. (09 ago) Seinfeld, 3.9: The Nose Job (Peter Mehlman, 1991) ***1/2

124. (09 ago) Seinfeld, 3.10: The Alternate Side (Larry David, Bill Masters, 1991) ***1/2
Aquele dos pretzels.

125. (09 ago) Tell Me You Love Me, 1.7 (David Gould, Dylan Gary, Cynthia Mort, 2007) ****

126. (10 ago) Seinfeld, 3.11: The Red Dot (Larry David, 1991) ***1/2
"Was that wrong?"

127. (10 ago) Seinfeld, 3.12: The Suicide (Tom Leopold, 1992) ***1/2
A etiqueta do coma. Agora, por que Seinfeld tem que receber um convite para o open house do casal do barulho? Uma melhor forma de aparar essa aresta seria não apará-la de modo algum, já que é próprio dos instantes de caos coordenado (Elaine avança no bolinho! O vizinho grunhe!) um grand finale soberbamente amalucado, à beira do precipício. Não precisamos de lembretes está-tudo-bem, obrigado.

128. (10 ago) Seinfeld, 3.13: The Subway (Larry Charles, 1992) ***1/2
Perde **** pelo francamente repelente, acre e fora-do-personagem diálogo entre o cara pelado e Seinfeld
(CP: I'm not ashamed of my body / S: That's your problem, you should be). E também: Stevie Wonder as a cop?
 
129. (10 ago) Seinfeld, 3.14: The Pez Dispenser (Larry David, 1992) ***1/2
"That's the laugh!"

 
130. (11 ago) Curb
Your Enthusiasm, 6.6: The Rat Dog (Larry David, 2007) **** 

131. (11 ago) Entourage, 4.6: The WeHo Ho (Doug Ellin, 2007) ***

132. (14 ago) Californication, 1.1:
Pilot (Tom Kapinos, 2007) **

133. (14 ago)
Californication, 1.2: Hell-A Woman (Tom Kapinos, 2007) *1/2

134. (14 ago)
Californication, 1.3: The Whore of Babylon (Tom Kapinos, 2007) *1/2

135. (15 ago)
Californication, 1.4: Fear And Loathing At The Fundraiser (Daisy Gardner, 2007) *1/2

136.
(15 ago) Californication, 1.5: LOL (Susan McMartin, 2007) *1/2

137.
(15 ago) Californication, 1.6: Absinthe Makes The Heart Grow Fonder (Eric Weinberg, Tom Kapinos, 2007) **1/2

138.
(16 ago) Californication, 1.7: Girls, Interrupted (Gina Fattore, 2007) *1/2

139. (16 ago) Californication, 1.8: California Son (Tom Kapinos, 2007) *1/2

140.
(16 ago) Californication, 1.9: Filthy Lucre (Ildy Modrovich, 2007) *1/2

141.
(16 ago) Californication, 1.10: The Devil's Threesome (Tom Kapinos, 2007) **1/2

142.
(16 ago) Californication, 1.11: Turn The Page (Gina Fattore, Eric Weinberg, 2007) ***

143.
(16 ago) Californication, 1.12: The Last Waltz (Tom Kapinos, 2007) *** [Californication 1 **]

144. (17 ago) Seinfeld, 3.15/16: The Boyfriend (Larry David, Larry Levin, 1992) ***1/2

146. (17 ago)
Seinfeld, 3.17: The Fix-up (Elaine Pope, Larry Charles, 1992) ****

147.
(17 ago) Seinfeld, 3.18: The Limo (Larry Charles, 1992) **1/2

148. (17 ago)
Seinfeld, 3.19: The Good Samaritan (Peter Mehlman, 1992) ***

149. (17 ago)
Seinfeld, 3.20: The Letter (Larry David, 1992) ***1/2

150. (17 ago)
Seinfeld, 3.21: The Parking Space (Larry David, Greg Daniels, 1992) ****

151. (23 ago)
/Seinfeld, 3.21: The Parking Space/ (Larry David, Greg Daniels, 1992) ****
Um clássico. Desde "put some beg into it" até "I think it was a gun!" passando por "What was wrong with that sorry? It was a good sorry." / "It was a so-so sorry." Inclui também uma das mais elaboradas linhas cruzadas de imaturidade já vistas (e.g. "eu não vou se ele for", "se ele for eu não vou" etc. com indicadores em riste).

152. (23 ago) Seinfeld, 3.22: The Keys (Larry Charles, 1992) ***1/2 [Seinfeld 3 ***1/2] 


153. (23 ago) Entourage, 4.7: The Day Fuckers (Rob Weiss, 2007) ***

154. (23 ago) Curb Your Enthusiasm, 6.7: The TiVo Guy (Larry David, 2007) ****
"You've got long-ass balls."

155. (23 ago) Tell Me You Love Me, 1.8 (Anya Epstein, 2007) ****
Sempre ansiei ("Do you yearn?", re: Seinfeld, 3.22) pelos momentos de radiante definição de grandes séries (e Tell Me You Love Me é uma delas). Palek compactuando (sim, compactuando) com crianças no pula-pula, a mulher assistindo. É muito bonito, é tessitura humana da mais alta ordem (cf. Californication, em que o Arquivo X descobre-se pai - e mortal - num fim de tarde de cartão-postal em Santa Monica), um ponto-de-cruz que se junta ao da cena conclusiva do episódio anterior, na qual ela se percebe grávida com a ajuda de seu palmtop-de-business-woman em cujo calendário ela define mensalmente seu período menstrual (certo, isso tira um pouco a mágica once-in-a-lifetime de tudo, mas aguardem seu sorriso desarmante), sendo que o prosaico teste de gravidez oferece apenas um tira-teima, status bem diverso do existente nos primeiros episódios, em que às tentativas de engravidar não correspondiam resultados positivos, e sim cansaço, tristeza, vandalismo de banheiro público e, em última instância, um dos mais bem-acabados arcos narrativos da série.

156. (24 ago) Tell Me You Love Me, 1.9 ****

157. (24 ago) Seinfeld, 4.1 **1/2

158. (24 ago) Seinfeld, 4.2 ***1/2

159. (25 ago) Entourage, 4.8 ***

160. (31 ago) Tell Me You Love Me, 1.10 ****1/2 [Tell Me You Love Me ****]


161. (31 ago)
Curb Your Enthusiasm, 6.8: The N Word (Larry David, 2007) ****

(03 nov) O Festival do Rio batia às portas e se meteu subrepticiamente no meio do meu blogue favorito. Atualizar esse espaço depois de um lapso de dois meses é bastante trabalhoso. Opto, assim, pela saída mais fácil, a de não procurar por aí os nomes dos episódios, ou dos redatores (exceção feita à extraordinária segunda temporada de Once and Again, que merece o máximo número de caracteres possíveis, e algumas outras). Vale dizer que as datas em que assisti aos episódios de setembro (especialmente) e de outubro não são nada confiáveis. Isso é realmente importante?

162. (01 set) Entourage, 4.11 ***

163. (01 set) Curb
Your Enthusiasm, 6.9: The Therapists (Larry David, 2007) ****1/2

164. (07 set) Seinfeld, 4.7: The Bubble Boy ****

165.
(07 set) Seinfeld, 4.11: The Contest ****

166.
(08 set) Seinfeld, 4.16: The Outing ****
Atenção para um pouco recomendável salto na quarta temporada. Eu sabia de antemão que esses eram os episódios estelares (somado inexplicavelmente ao rame-rame Junior Mint, que vem logo a seguir) e optei por tirá-los logo da minha frente. Entendam isso como a) aquela coisa woodyaleana de "se eu morrer hoje terei visto o que importa" ou; b) Seinfeld é realmente essa coisa toda?

 
167.
(08 set) Curb Your Enthusiasm, 6.10: The Bat Mitzvah (Larry David, 2007) **** [Curb Your Enthusiasm 6 ****1/2]
O melhor seriado puramente cômico da televisão. Nostálgicos de Seinfeld can suck my long-ass balls.

168. (08 set) Entourage, 4.11 ***

169.
(11 set) Seinfeld, 4.21: The Junior Mint ***

170. (13 set) Seinfeld, 4.3 ***1/2

171.
(15 set) Seinfeld, 4.4 ***

172. (?? set)
Seinfeld, 4.5 ***

173. (?? set)
Seinfeld, 4.6 ***

174.
(?? set) /Seinfeld, 4.7/ ****

175. (18 set) Entourage, 4.12 ***
[Entourage 4 ***]

176. (19 set)
Seinfeld, 4.8 ***

177. (19 set)
Seinfeld, 4.9 ****

178. (19 set)
Seinfeld, 4.10 ***

179. (19 set)
/Seinfeld, 4.11/ ****

180. (20 set)
Seinfeld, 4.12 ****
E parei aqui com Seinfeld, ao menos por ora.

181.
(20 set) /Gilmore Girls, 4.1: Ballrooms and Biscotti/ (Amy Sherman-Palladino, 2003) *****
Monday, Tuesday, Thursday. Um clássico: "I can't believe you wrote the date down wrong." / "I can't believe you made us go to Ireland to stalk Bono." Lorelai gargalhando enquanto diz "God, I'm so tired" é um dos 10 melhores momentos de toda a série.

182.
(20 set) /Gilmore Girls, 4.2: The Lorelais' First Day at Yale/ (Daniel Palladino, 2003) *****
"All hail to the queen of the non-sequiturs." Mágico, estelar. Rory e Lorelai se despedem diversas vezes (e é possível chorar copiosamente em cada uma delas), o vaivém da caminhote misógina, o coach-life da Paris. É perfeitamente possível saber de antemão a resolução de todo o drama "filha vai pra faculdade", e quando Lorelai chega a sua casa esvaziada a não ser pelo lala intrusivo de Sam Phillips, você se sente menos com vontade de dar um tapinha nas próprias costas do que de emborcar no seu sentimento geral de exultante comiseração que é ver sua prole crescer e se afastar à 1.6: Rory's Birthday Parties.

183. (20 set)
/Once and Again, 2.1: Wake Up, Little Susie/ (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 2000) ****

184. (20 set) Once and Again, 2.2: BookLovers (Winnie Holzman, 2000) ***1/2

185. (21 set) Once and Again, 2.3: I Can't Stand Up (For Falling Down) (Sue Paige, Daniel Paige, 2000) ****1/2
Os casais Paige e Palladino seriam os sobrenomes-chave da televisão americana?


186.
(21 set) Once and Again, 2.4: Feast or Famine (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 2000) *****
Fica aqui registrado meu desejo de que os episódios de Ação de Graças de Once and Again sejam tombados. Este e o 1.10: Thanksgiving são duas das maiores obras-primas que já cruzaram meu caminho.

187.
(21 set) Once and Again, 2.5: Ozymandias 2.0 (Joseph Dougherty, 2000) ***1/2

188. (21 set)
Once and Again, 2.6: Food for Thought (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 2000) ****1/2

189.
(21 set) Once and Again, 2.7: Learner's Permit (Liberty Godshall, 2000) ****

190. (10 out)
Once and Again, 2.8: Life Out of Balance (Lynn Siefert, 2001) ****1/2

191. (17 out)
Once and Again, 2.9: Scribbling Rivalry (Jan Oxenberg, 2001) ****

192.
(18 out) Once and Again, 2.10: Love's Laborers' Lost (Emily Whitesell, 2001) ****1/2

193. (19 out)
Once and Again, 2.11: Thieves Like Us (Winnie Holzman, 2001) ****

194. (19 out) Once and Again, 2.12: Suspicion (Liberty Godshall, 2001) ****1/2

195. (19 out) Once and Again, 2.13: Edifice Wrecked (Winnie Holzman, 2001) ****

196. (20 out) Once and Again, 2.14: The Other End of the Telescope (Sue Paige, Daniel Paige, 2001) ****1/2

197. (21 out) Once and Again, 2.15: Standing Room Only (Jan Oxenberg, 2001) ****1/2

198. (22 out) Once and Again, 2.16: Aaron's Getting Better (Richard Kramer, 2001) ****

199. (22 out) Once and Again, 2.17: Forgive Us Our Trespasses (Lynn Siefert, Winnie Holzman, 2001) ****1/2

200. (22 out) Once and Again, 2.18: Best of Enemies (Emily Whitesell, 2001) ****1/2

201. (25 out) Once and Again, 2.19: Armageddon (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 2001) ***1/2

202. (25 out) Once and Again, 2.20: Won't Someone Please Help George Bailey Tonight (Liberty Godshall, Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 2001) ***1/2

"I love what's weak about you and what's strong about you, it's all the same to me because it's you."

203. (25 out) Once and Again, 2.21: Moving On (Sue Paige, Daniel Paige, 2001) ****1/2

204. (25 out) Once and Again, 2.22: The Second Time Around (Winnie Holzman, 2001) **** [Once and Again 2 *****]

205. (25 out) Once and Again, 3.1: Busted (Marshall Herskovitz, Edward Zwick, 2001) ****1/2

206. (25 out) Flight of the Conchords, 1.1: Sally (Jemaine Clement, James Bobin, Bret McKenzie, 2007) *** 

207. (26 out) Once and Again, 3.2: The Awful Truth (Winnie Holzman, 2001) ****

208. (26 out) Flight of the Conchords, 1.2: Bret Gives Up the Dream (Jemaine Clement, James Bobin, Bret McKenzie, 2007) ***

209-212. (20 nov)
Flight of the Conchords, 1.3-6 ***

Alguns episódios de Friends vieram a calhar no meu período de convalescência. Inclui aquele em que Phoebe (e Ross, na cena final) finalmente toma conhecimento do caso Monica e Chandler, o que origina diversos malabarismos semânticos: "mas eles não sabem que nós sabemos" --> "mas eles não sabem que nós sabemos que eles sabem" --> "mas eles não sabem que nós sabemos que eles sabem que nós sabemos". Um barato na prática.
 

213. (21 nov) Flight of the Conchords, 1.8 ***

214-217. (29 nov) The Amazing Race 2.1/2.2 **** 9.1/9.2 **1/2Episódios no Brasil. Os dois primeiros no Rio de Janeiro, os dois últimos em São Paulo. Eu nem preciso explicar a óbvia superioridade da primeira como cenário, potencializada toda-vida no Aterro do Flamengo, Cristo, Pão de Açúcar, Paquetá, Pedra da Gávea, São Conrado (sem Rocinha) etc. Sim, eu sou um desses cariocas em permanente conflito com a cidade, mas que adora ver a reação maravilhada dos turistas mundo afora perante a beleza louca do Rio. Que a trupe apressada não tenha tido tempo para ver a cidade do alto do Cristo é uma vergonha. Eu ficava aqui gritando: "Ei, olha onde você está! Dá pra olhar ao redor?" Motivos de embaraço: Helô Pinheiro no Posto 9 e seu cheesy english (prova: "Find the original girl from Ipanema") e uma outra que consistia em procurar com um detector de metais a pista para a próxima etapa nas areias da praia de São Conrado (mas essa não é culpa da cidade). Os episódios de São Paulo são chatíssimos. O tráfego nas ruas é tão intenso que uma das provas tinha de ser baseada em voar de helicóptero e reconhecer o topo/heliponto de prédios (!). Dois closes no mesmo mendigo, mecânicos e passantes rindo e gritando "gostosa" para uma mulher que tinha de montar uma moto from scratch com seu namorado etc. Não surpreende que as ladies/bitches de Houston, Texas falem em choque cultural.

218-232. (6-13 nov)
Weeds 3 (Jenji Kohan, 2007) ***

233. (21 dez) /Gilmore Girls, 2.10: The Bracebridge Dinner/ (Daniel Palladino, 2001) ****